Hojé (07 de janeiro) é Dia da Liberdade de Culto / Dia do Leitor.
O que é a Liberdade de Culto?
Liberdade de Culto, liberdade de pensamento, liberdade de expressão. Nada soa mais democrático do que a palavra liberdade, sobretudo em um país tão multiculturalista como o nosso.
O Brasil é uma nação que abriga todas as etnias e, portanto, muitas religiões.
A Liberdade de culto e o respeito pelas outras religiões que dividem espaço com a hegemonia católica, são condição para um convívio social pacífico, ao mesmo em que enriquecem nossa gama cultural.
A primeira lei sobre o assunto surgiu em 7 de janeiro de 1890 (daí a data comemorativa), em decreto assinado pelo então presidente Marechal Deodoro da Fonseca, por iniciativa do gaúcho Demétrio Ribeiro, Ministro da Agricultura na época.
Na Carta Magna de 1946, através de proposta do escritor Jorge Amado, então deputado federal pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) de São Paulo, a lei foi novamente reescrita, mas foi na Constituição de 1988 que adquiriu seus termos definitivos:
Artigo 5º:
(...)
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;;
(...)
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
Além de estar legalmente amparada, a Liberdade de culto deve ser entendida como um direito universal e uma forma de respeito à individualidade e à liberdade de escolha.
Por princípio, o Alcorão, a Cabala, a Bíblia, os fundamentos da Umbanda, a doutrina Espírita, o Xamanismo, a Maçonaria, o Budismo, a Rosa Cruz e tantas outras vertentes esotéricas, são partes do conhecimento Uno e têm a mesma intenção: conectar o Homem à energia criadora com a finalidade de despertar sua consciência.
Fonte: www2.portoalegre.rs.gov.br
Dia do Leitor
Aprendemos a ler quando criança e ao longo da jornada em direção ao mundo adulto, alcançamos um bizarro objetivo inserido acidentalmente no método de ensino da língua portuguesa: ódio à leitura.
Parece contradição, mas chegamos à escola pequeninos, com uma fome de conhecimento gigantesca e somos obrigados a aprender a ler como adultos e quando finalmente somos adultos e já não temos o menos interesse em ler alguma coisa, somos convidados a ler um texto com um olhar infantil.
Essa situação pode parecer surreal, mas se repete em todas as partes desse país que se orgulha de reduzir a cada ano o número de analfabetos, mas exibe vergonhosamente uma estatística absurda de quase 28 % de alfabetizados funcionais (só sabem escrever o nome e ler o nome do bar ou do ônibus).
Os professores (culpá-los ou não, eis a questão) mal preparados e mal direcionados, continuam com a sua missão de despertar o gosto pela leitura em seus alunos por meio do ensino da gramática, sem levar em consideração que é preciso primeiramente suscitar a arte do ler por prazer.
No artigo Dígrafo do escritor Rubem Alves, o autor disserta sobre o prazer da leitura e em como ele se orgulha de escrever como e para crianças.
Ele conta com espanto sobre a carta que recebeu de um leitor juvenil, onde o menino diz que sua professora pede a ele e aos coleguinhas de classe para encontrar no texto dígrafos e outros termos que o autor sequer consegue imaginar o significado.
Não consigo formular uma única frase humana com dígrafo , ele diz e defende que não é possível teorizar sobre algo que nos dá tanto prazer sob o risco de matar essa vontade.
Não há dúvida alguma que o estudo da gramática é fundamental para o entendimento da língua portuguesa, mas o que precisamos fazer como professores, é uma reflexão sobre como equilibrar esse ensino com o convite a leitura.
Essa á a proposta defendida pela professora e especialista da Unicamp Ingedore Koch, que em entrevista a Luis Costa Ferreira Junior conta que devemos priorizar a construção de texto com reflexão. Para entender como os textos funcionam, segundo a professora, é necessário primeiro o uso, depois a nomenclatura.
Ela nos conta que o estudo da língua portuguesa é essencial para que as nossas crianças possam aprender a se expressar claramente no mundo (ainda mais numa era de orkuts e MSN), mas é possível abordar a gramática, sem ter um ensino gramaticóide.
Para ensinar a interpretar um texto, não existem receitas de bolos, diz a professora, mas se o professor tornar a aula instigante e estimular a produção de textos com temas que os alunos se identifiquem, conseguirá manter em seus pupilos o gosto de ler por prazer que havia no inicio, sem que o aluno chegue à idade adulta sendo órfão de livro.
Frank Oliveira
Fonte: www.recantodasletras.uol.com.br
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