Hoje (09 de julho) é Dia da Revolução Constitucionalista.
Um dos mais importantes acontecimentos da história política
brasileira ocorridos no Governo Provisório de Getúlio Vargas
foi a Revolução Constitucionalista de 1932,
desencadeada em São Paulo. Foram três meses de combate, que colocaram
frente a frente nos campos de batalha forças rebeldes e forças
legalistas.
Quando Getúlio Vargas subiu ao poder, após o golpe de 1930,
não respeitou a autonomia de São Paulo, nomeando um Interventor
de fora, não conservando seu Presidente (nessa época os governadores
eram denominados Presidentes).
Isso desgostou os paulistas, sobretudo os dirigentes do Partido Republicano Paulista (PRP), que não se conformavam com o fato de São Paulo estar sendo comandada por um "estranho".
No dia 25 de janeiro de 1932, aniversário da cidade,
houve um imenso comício na Praça da Sé, colorido com
bandeiras do município. Partidos políticos que eram rivais estavam
unidos.
O descontentamento foi aumentando e o povo se revoltou.
Em 22 e 23 de maio, estudantes e populares queimaram e empastelaram as redações
dos jornais ditatoriais e, nesse conflito, foram mortos quatro estudantes
de Direito: Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo. O nome dos quatro
serviu para no futuro designar o movimento paulista: MMDC. O primeiro a morrer
foi Camargo, justamente o estudante que era casado e pai de três filhos.
A ideia de revolução tomou conta de
todos, sem distinção de classe social. São Paulo estava
confiante da vitória, pois contava com o apoio dos militares de Minas
Gerais, Rio Grande do Sul e Mato Grosso.
Mas somente Mato Grosso manteve-se leal a SP. O comandante da Revolução
era o general Isidoro Dias Lopes, apoiado fortemente pelo contingente de Mato
Grosso, comandado pelo general Bertoldo Klinger.
No dia 9 de julho de 1932, o Interventor Pedro de Toledo
telegrafava ao ditador Getúlio Vargas: "Esgotados os meios que
ao meu alcance estiveram para evitar o movimento que acaba de se verificar
na guarnição desta Região ao qual aderiu o povo paulista,
não me foi possível caminhar ao revés dos sentimentos
do meu povo". Começava a Revolução Constitucionalista.
A revolução teve apoio de amplos setores da
sociedade paulista.
Pegaram em armas intelectuais, industriais, estudantes e outros segmentos
das camadas médias, políticos ligados à República
Velha ou ao Partido Democrático. O que os movia era principalmente
a luta antiditatorial.
Fundação Getúlio Vargas;
Soleis
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