segunda-feira, 9 de maio de 2011

Oxi, a nova droga devastadora

O avanço do oxi no Brasil - nova droga com efeito de destruição superior ao crack - está sendo mais rápido do que o imaginado. Após ter sido encontrado em São Paulo, ele apareceu agora no Mato Grosso do Sul e chegaria até o Paraná. Na semana passada, o Departamento de Operações de Fronteira (DOF) do MS apreendeu cerca de 1 quilo de oxi, na BR 163, em Mundo Novo/MS. A droga estava amarrada no corpo de uma mulher, 27 anos, passageira de um táxi paraguaio, interceptado pelo DOF. Ela contou que se tratava de oxi, adquirido em Salto Del Guairá, no Paraguai, e iria para a cidade de Arapongas (PR).

O oxi, abreviação de oxidado, é um subproduto da cocaína, a exemplo do crack. É acrescido de querosene, gasolina ou diesel, além de solução de bateria, cal e permanganato de potássio. A droga se parece com o crack, e na forma de pedra, é fumado em cachimbo. Segundo especialistas, o oxi tem 80% de cocaína, e o crack não passa dos 40%.

A descoberta da presença da droga ocorreu em 2003 por meio de pesquisa da ONG Rede Acreana de Redução de Danos (Reard), no Acre, uma das portas de entrada do entorpecente. Seu efeito é mais rápido e a letalidade, maior. Cerca de 30% de dependentes morrem em um ano e, no caso do crack, os usuários sucumbem em até oito anos.

A nova droga é originária da Bolívia e do Peru. O oxi já foi encontrado em mais de dez estados das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. Conforme o delegado Maurício Moscardi, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da PF no Acre, o oxi não precisa de laboratório para ser produzido, "o que facilita a expansão". O preço baixo é um dos maiores dos atrativos - R$ 2,00, contra os R$ 5,00 do crack. O efeito dura 15 minutos, exigindo seguidas doses por parte dos usuários.

Na Câmara dos Deputados, em Brasília, as comissões da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional e de Segurança Pública pretendem realizar audiências públicas, ainda sem data definida, para debater o avanço da droga.
Vamos nos mobilizar para que essa droga não entre no Rio Grande do Sul.

Um comentário:

  1. Odalberto Domingos Casonatto
    O grande flagelo da nossa época é o consumo de drogas e suas desastrosas conseqüências. Nosso país e sociedade vêm amargando resultados desastrosos em todas as áreas da vida humana. O consumo das drogas não só destrói as pessoas as tornando inúteis, mas acarreta sofrimentos aos familiares e desespero por não encontrarem soluções. Agora aparece uma nova droga, o Oxi, originaria da Bolívia e Peru, como se não bastasse à Cocaína o Crack e a Maconha. Por aquilo que se vê nas ruas de Porto Alegre e mesmo Camaquã, parece que a Polícia faz vistas grossas e deixam estes usuários terminarem seus dias rapidamente jogados na rua da amargura pelo excesso do consumo de drogas, e se matando entre sí. A primeira vista parece que é melhor assim, e não se gasta com prisões abarrotadas, tratamentos caríssimos etc. Mas os estragos que estes usuários fazem nos seus semelhantes até desaparecerem, não existem reparação. Infelizmente os caminhos da droga são estes que se mostram no dia a dia. Não sei se encontraremos uma saída mais humana e solidária para esta peste humana. Do Odalberto Domingos Casonatto

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