Na sessão da Câmara de Vereadores, dia 17 de dezembro, foi aprovado por unanimidade o projeto de lei vindo do executivo, declarando Corpus Christi feriado municipal a partir de 2013. Em 2013, será dia 30 de maio. Isto foi possível porque Camaquã considerava feriado municipal Finados.
Finados, desde 2002 (lei 10607/02), é feriado nacional. Cada município tem direito a quatro feriados, incluindo Sexta-feira Santa (lei 9093/95). Assim: são feriados municipais em Camaquã: Nossa Senhora dos Navegantes (dois de fevereiro), Sexta-Feira Santa, São João Batista, padroeiro do município (24 de junho) e, a partir de 2013, Corpus Christi. São feriados nacionais: 1º de janeiro, 21 de abril, 1º de maio, 07 de setembro, 12 de outubro, 02 de novembro, 15 de novembro, 25 de dezembro. No Rio Grande do Sul é feriado estadual dia 20 de setembro.
Finados, desde 2002 (lei 10607/02), é feriado nacional. Cada município tem direito a quatro feriados, incluindo Sexta-feira Santa (lei 9093/95). Assim: são feriados municipais em Camaquã: Nossa Senhora dos Navegantes (dois de fevereiro), Sexta-Feira Santa, São João Batista, padroeiro do município (24 de junho) e, a partir de 2013, Corpus Christi. São feriados nacionais: 1º de janeiro, 21 de abril, 1º de maio, 07 de setembro, 12 de outubro, 02 de novembro, 15 de novembro, 25 de dezembro. No Rio Grande do Sul é feriado estadual dia 20 de setembro.
Entre os municípios que é feriado municipal Corpus Christi devemos citar: Amaral Ferrador, Arambaré, Barão do Triunfo, Barra do Ribeiro, Cerro Grande do Sul, Chuvisca, Cristal, Dom Feliciano, Eldorado do Sul, Guaíba, Mariana Pimentel, Pelotas, Porto Alegre, São Lourenço do Sul, Sentinela do Sul, Tapes e Turuçu. Em outras palavras, com a criação do feriado em Camaquã, em todos os municípios entre Pelotas e Porto Alegre é feriado. Dos 54 municípios do Rio Grande do Sul com sede do Tribunal de Justiça apenas em dois não é feriado. Não é, portanto, uma data qualquer. Ela tem um significado riquíssimo.
ORIGEM
A festa de Corpus Christi, também conhecida como festa do Corpo e Sangue de Cristo, é celebrada na quinta-feira posterior à festa da Santíssima Trindade, dez dias após Pentecostes, aproximadamente dois meses após a Páscoa.
A celebração deve ser vista em conexão com a devoção ao Santíssimo Sacramento que desabrochou poderosamente ao longo do século XII e na qual se realçava, de maneira particular, a presença real do “Cristo todo” no pão consagrado. A este “movimento” eucarístico estava ligado um grande desejo de contemplar as coisas por parte do homem da Idade Média, desejo este que levou, entre outras coisas, ao costume de elevar a hóstia após a consagração, atestado pela primeira vez, em relação a Paris, no ano 1200.
A religiosa agostiniana Juliana de Liége, deu grande estímulo à introdução de uma festa especial do Sacramento da Eucaristia. Por insistência sua e de seus conselheiros espirituais, o bispo belga Roberto de Liége introduziu esta festa, pela 1ª vez, em sua diocese, no ano de 1246. Em 1264, o papa Urbano IV, prescreveu-a para toda a Igreja.
O Santo Padre movido pelo prodígio, e a petição de vários bispos, faz com que se estenda a festa do Corpus Christi a toda a Igreja por meio da bula "Transiturus" de 8 setembro de 1264, fixando-a para a quinta-feira depois da oitava de Pentecostes e outorgando muitas indulgências a todos que assistirem a Santa Missa e o ofício.
Convém lembrar, que é impossível dar expansão à alegria festiva na tarde da Quinta-feira santa, por ser o início do Tríduo Sagrado, e estar às vésperas da Sexta-feira da paixão. Por isso, a festa é celebrada sempre numa quinta-feira, justamente por ter sido numa quinta-feira instituída a Eucaristia.
São Tomás de Aquino caracterizou, de modo feliz, o significado da Eucaristia sob um tríplice aspecto: do ponto de vista do passado, enquanto memorial da Paixão de Cristo que foi verdadeiro sacrifício; do ponto de vista da realidade presente, enquanto sacramento da nossa unidade com Cristo e dos homens entre si, e, do ponto de vista do futuro, enquanto prefigurativo do “gozo da divindade”.
Esta é uma das quatro datas que deve ser respeitada como dia Santo De Guarda (1º de janeiro, 08 de Dezembro, Natal e Corpus Christi). Nela, temos as mesmas obrigações dominicais.
“É a grande solenidade que nos pergunta sobre o Mistério da presença de Deus na história e em nossa vida. É uma oportunidade de, nestes tempos de perda de valores, principalmente do esquecimento de Deus, nos recolocar a caminho d’Aquele com quem já nos encontramos, mas que necessitamos de continuar buscando-O ainda mais. Esta solenidade coloca-nos no centro e sentido de todas as demais celebrações. Essa procissão do povo de Deus, recorda a busca à Terra Prometida. No Antigo Testamento, esse povo foi alimentado com maná, no deserto, e hoje, é alimentado com o próprio Corpo de Cristo”, explica o padre José Inácio Sant'Anna Messa.
É costume nesta data enfeitar ruas e praças com desenhos eucarísticos, usando de muita criatividade. “Após participarmos da Missa saímos de nossas igrejas e vamos, com Jesus na Eucaristia, para as ruas e praças de nossas cidades, anunciando que ‘Ele está no meio de nós’ e habita conosco e orienta nossa história; nossas atividades cotidianas, nossas ocupações profissionais e responsabilidades sociais, nosso convívio social, nada disso é indiferente à nossa fé: em tudo somos ‘testemunhas de Deus’, discípulos missionários de Jesus Cristo”. Hoje vivemos numa sociedade que não reparte o pão, não tem tempo para os outros, para Deus e para si mesmo... Corpus Christi nos aponta para Aquele que repartiu o Pão, a Palavra, a Presença, deu a vida por amor a favor de TODOS. Nesta festa se expressa o desejo de viver uma íntima relação com Deus e uma fraterna comunhão com os irmãos”, comenta.
Para a procissão leva-se a hóstia consagrada durante a missa no Ostensório (suporte específico para colocá-la). “Quando se fala em hóstia deve-se pensar na “vítima pascal”, na morte de Cristo e sua ressurreição, ou seja, no mistério pascal. É diante desta hóstia, deste mistério que a gente se inclina em profunda contemplação, assumindo o compromisso de ser também assim: corpo oferecido como hóstia viva, santa, agradável a Deus (Rm 12,1). Adorar a hóstia significa render-se ao seu mistério na totalidade do nosso ser para se tornar o que Cristo é: entrega de si a serviço dos irmãos, hóstia. Que Deus seja tudo em todos”, completa.
Ele convida todos para ajudarem na celebração: “Dia 30 de maio teremos esta grande solenidade em nosso município. Neste e nos próximos anos todos teremos oportunidade de ajudar a projetar e executar a celebração do Corpo e Sangue de Cristo”, finaliza.
Pesquisa: Padre José Inácio Sant’Anna Messa e Gabriela Brito
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