segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Espaço do Leitor

"Na madrugada de 24 para 25 de dezembro de 2012, minha mãe, Santa Brum Rodrigues, de 75 anos, estava em Arambaré e passou a se sentir muito mal com dores abdominais e nas costas. Por volta das 07h, de 25 de dezembro de 2012, Ela foi levada ao Posto de Saúde local, onde foi muito bem atendida dentro dos recursos disponíveis. Como não melhorou, eu a levei para o Pronto Socorro do Hospital Nossa Senhora Aparecida de Camaquã. Cheguemos lá por volta das 16h e lamentavelmente ela teve que esperar aproximadamente 02 horas para ser atendida. A médica plantonista receitou uma medicação e a deixou em observação.

Mas até mesmo para aplicação da medicação foi uma grande demora. Absurdo, pois estamos falando de um ser humano. Como ela tinha que ser submetida a uma ultra sonografia. Por volta das 22h, eu liguei para um médico. Aí começou outro sofrimento pra minha mãe e pra mim, pois a cada minuto eu via ela sofrer ao meu lado. Este doutor só chegou no consultório, que fica perto do hospital, por volta das 24h. Pior de tudo que tive de levar minha mãe de carro, pois ninguém no Pronto Socorro pode ajudar, alegavam que não tinha ambulância.

Quando cheguemos no consultório tive um imenso trabalho de tirá-la do carro, enquanto este médico só olhava e ainda tinha pressa usando expressões gorsseiras e muito mal educado, com muito sacrifício pegou uma cadeira de rodas para transportá-la até o consultório. Começava a chover nesse momento. outra coisa incrível aconteceu, a cadeira não passou na porta do consultório. Tive que pegá-la no colo sozinho (minha mãe tinha um peso bastante avantajado), pois aquele médico só olhava. Tive que pedir para ajudar, aí ele a pegou de qualquer jeito, como se pega um animal e sempre usando tratamento de forma grosseira, um monstro, mesmo estar recebendo a quantia de 150,00 reais pelo atendimento.

Depois da ultrasom feita, tive que levar novamente de carro ao hospital para interná-la. Outro sacrifício, mas fazia com muito carinho, pois se tratava de minha mãe. No hospital,outra demora, levou quase 02 duas para conseguir a baixa de minha mãe. MINHA MÃE FALECEU ÀS 05H15MIN, DO DIA 26 DE DEZEMBRO DE 2012, DIAGNOSTICADA COM INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA.

Não estou aqui querendo culpar o médico ou a falta de bom atendimento no Pronto Socorro pela morte de minha mãe, mas o mínimo que essas pessoas envolvidas poderiam dar era um pouco mais de profissionalismo e atenção para com o ser humano, para que minha mãe pudesse morrer sem sofrimento e com dignidade." 

Ivolmar Brum Rodrigues
Camaquã/RS

Um comentário:

  1. Concordo plenamente que o atendimento no nosso pronto socorro é pessimo, eu mesma ja passei por isso com fortes dores de visicula e tive que esperar na sala da frente louca de dores e ainda na hora do atendimento o medico debochar da minha cara. E tambem quando precisei para o meu filho pequeno com febre altissima, foi atendida horas após e apenas me deram antitermico do qual eu ja havia dado ao meu filho e me mandaram para casa. Tive no dia seguinte conseguir consulta particular com pediatra para tratar meu filho. Este pronto socorro tem que ser multado pelas autoridades e serem obrigados a apresentarem serviço digno a população, pois nas veterinarias os bichos tem melhor tratamento. Um absurdo.

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