segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Seis biorrefinarias serão instaladas no Estado: a primeira será em Cristal. A previsão do início da produção é para 2014

Investimento de mais de R$ 700 milhões em usinas de biocombustível vai gerar 12 mil empregos em seis municípios.
 
Um projeto inovador para o Estado promete revolucionar o uso do arroz produzido nas lavouras gaúchas. Com a instalação de seis usinas de biocombustível até 2020, o grão deve ganhar espaço também nos automóveis. Desenvolvida pela Vinema Multióleos Vegetais, empresa de Camaquã que trabalha com a produção de óleo de mamona e girassol, a dose experimental faz parte de um investimento estimado em mais de R$ 700 milhões e que tem previsão de início da produção para o ano de 2014.

De acordo com o diretor de desenvolvimento da empresa, Vilson Neumann Machado, naVinema Biorrefinaria do Sul será utilizada como matéria-prima o grão rejeitado pelo mercado. Em média, segundo o executivo, das mais de 7 milhões de toneladas colhidas no Rio Grande do Sul a cada ano, 14% correspondem ao grão descartado para consumo humano e que poderia ser aproveitado para a produção de etanol.

O projeto tem adesão da Embrapa Clima Temperado, com sede em Pelotas, no sul do Estado, do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) e da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz). Uma comissão especial foi criada na Câmara Setorial de Agroenergia, onde estão sendo realizados estudos de viabilidade técnica e econômica do negócio.

Quanto a uma possível polêmica sobre a utilização do alimento como combustível, o presidente do Irga, Claudio Pereira, é taxativo: só será permitido o uso do grão excedente no mercado. A prioridade da produção do Rio Grande do Sul permanecerá direcionada ao consumo humano.

No tanque

Como vai funcionar o projeto da Vinema Multióleos:

São seis unidades. A primeira, em Cristal, deve iniciar as operações em 2014. As outras cinco serão instaladas em Santo Antônio da Patrulha, Dom Pedrito, Itaqui, Capão do Leão e Cachoeira do Sul. Cada fábrica funcionará em área de 40 hectares, com investimento de R$ 120 milhões.

 A matéria-prima será o grão desqualificado para o consumo humano, cerca de 14% da produção do Estado.

 A previsão é de que sejam produzidos 300 mil litros de etanol por dia. Nas usinas também será fabricada ração animal, com estimativa de que a produção chegue a 240 toneladas por dia.

A projeção é de que sejam gerados, até 2020, 12 mil novos empregos.

Fonte: Zero Hora

Um comentário:

  1. Este assunto é polemico. Quando o caso é ECONOMIA se viza primeiro o LUCRO, ESCRUPULOS NESTA ÁREA ACREDITO QUE NÃO HÁ. Hoje se paga um alto custo pelo Açucar, e sempre que há aumento nas exportações de alcool, o preço sobe ainda mais. Hoje a Industria de derivados da cana dão prioridade ao destilado, e nós consumidores pagamos o preço. Portanto dizer que a prioridade será o consumo humano é uma falácia. A lei do mercado é que vai determinar. Acho que explorar o uso da mamona e demais oliaginosas seria muito mais interessante, principalmente a nível de Microregião. Poderemos usar toda a região de colonia na produção de matéria prima.

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