Hoje (17 de julho) é Dia de Proteção às Florestas.
O Brasil concentra um terço das florestas tropicais do mundo, mas
apenas 1,99% é protegido por unidades de conservação
integrais (que não permitem o uso dos recursos naturais). Essa porcentagem
está bem abaixo da média mundial, que é de 6%.
Além de poucas, as unidades de conservação estão
mal distribuídas no país. Essa conclusão é resultado
de um estudo realizado pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF), em parceria
com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama). Deste estudo, resultou um novo mapa da biodiversidade do País.
O trabalho foi apresentado na 52ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira
para o Progresso da Ciência (SBPC), no dia 11/07/2000, em Brasília
(DF), e mostra uma radiografia completa dos sete grandes biomas brasileiros:
Amazônia, Caatinga, Campos Sulinos, Cerrado, Sistema Costeiro, Mata
Atlântica e Pantanal.
O mapa nacional da biodiversidade, além de redefinir geograficamente
os sistemas brasileiros, mostra algumas surpresas, como o fato de a Mata Atlântica,
apesar de ter número expressivo de unidades de conservação,
estar com apenas 0,69% de sua área protegida.
Outra surpresa nada agradável: o Brasil está muito atrás
de outros países da América do Sul na área de proteção
ambiental: à nossa frente estão a Bolívia (com 3,9% de
sua área de conservação integral preservada), a Colômbia
(7,9%) e a Venezuela (22%).
O governo brasileiro pretende mudar essa situação com a proposta de investir em torno de US$ 240 milhões, com financiamentos externos do Banco Mundial, e aumentar para 10% as áreas de proteção integral.
Atualmente, cerca de 90% das áreas protegidas no país, em
150 unidades de conservação, estão sob responsabilidade
do Ibama. O restante fica sob os cuidados dos estados e municípios.
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