Hoje (29 de julho) comemora-se o Dia de Nascimento da Princesa Isabel.
No dia 29 de julho de 1846 nascia a Princesa Isabel, segunda filha do Imperador
D. Pedro II, no Paço de São Cristóvão, Rio de
Janeiro. Recebeu o pomposo nome Isabel Cristina Leopoldina Augusta. Isabel,
por causa da avó materna, Rainha de Nápoles; Cristina, que lembraria
sua mãe, a Imperatriz Dona Tereza Cristina; Leopoldina, em homenagem
a sua avó paterna, a primeira Imperatriz do Brasil e Augusta como premonição
do futuro que a aguardava.
A esses nomes acrescentaram-lhe os tradicionais dos príncipes de
Bragança: Micaela, Gabriela, Rafaela Gonsaga.
Com a morte de seu irmão mais velho, o Príncipe Dom Afonso,
tornava-se, aos onze meses de idade, herdeira do trono e sucessora de seu
pai. Em 1848 nasceu o seu segundo irmão varão, o Príncipe
Dom Pedro, que veio a falecer dois anos depois.
Para herdar o trono fundado por Dom Pedro I, restava uma frágil princesa
de quatro anos de idade que seria, daí em diante, a Princesa Imperial.
O reconhecimento oficial como sucessora de seu pai teve lugar a 10 de agosto
de 1850 , quando a Assembléia-Geral, proclamou-a Herdeira do Trono
na forma dos Artigos 116 e 117 da Constituição do Império.
A 29 de julho de 1860 completava D. Isabel seus 14 anos e, de acordo com
o Artigo 106 da Constituição, deveria prestar o juramento de
"manter a religião católica apostólica a romana,
observar a Constituição política da nação
brasileira e ser obediente às leis e ao imperador”.
A 30 de junho de 1887, com a partida do Imperador para a Europa para tratamento
de saúde, começava a 3a Regência e a 3a fase política
da vida da Princesa.
A escravidão estava de tal maneira presente na vida do Império
que várias tentativas visando aboli-la acabavam esbarrando no conservadorismo
dos fazendeiros e proprietários, mesmo entre os liberais.
As relações entre a Regente e o Ministério de Cotegipe
eram tensas, embora aparentassem ser cordiais.
Enquanto a Princesa aliava-se ao movimento popular, o Ministério de
Cotegipe defendia a manutenção da escravidão. Aproveitando-se
da oportunidade oferecida por um incidente de rua, a Princesa substitui o
Gabinete.
O novo ministério. conhecido como o Gabinete da Abolição,
tinha a frente o Conselheiro João Alfredo, a quem a Princesa sugeriu
na Fala do Trono que se fizesse o quanto antes a abolição da
escravatura.
A 13 de maio, um domingo, seriam as últimas votações
e a Princesa, certa da vitória, descia de Petrópolis para aguardar
no Paço da Cidade o momento de assinar a Lei Aurea.
Na euforia e no entusiasmo pelo seu dia de glória, só ouvia
a Princesa os louvores e os aplausos - Viva Isabel I.
Coroando a atitude da "Redentora" faltava a benção
da Igreja, com a Rosa de Ouro, concedida à Princesa pelo Papa Leão
XIII, em 28 de setembro de 1888.
Viva Brazil; Soleis
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