Hoje (11 de julho) é Dia Mundial da População.
Com mais de sete bilhões de pessoas, a população do
mundo aumenta anualmente em 75 milhões, sendo que metade tem menos
de 25 anos de idade. Jovens entre 15 e 24 anos somam um bilhão, o que
significa dizer que existem 17 jovens em cada grupo de 100.
Mas o número de pessoas com mais de 60 anos, por sua vez, chega a
646 milhões, numa proporção de uma em cada dez.
Esse número ainda é acrescido todo ano em mais de 11 milhões,
o que caracteriza um envelhecimento da população mundial.
Conforme estimativas da Organização das Nações
Unidas (ONU) para o ano de 2050, a porcentagem de jovens com menos de 15 anos
de idade deve diminuir de 30 para 20%, enquanto a quantidade de idosos deve
crescer 22%, alcançando um total de dois bilhões de pessoas
com idade avançada.
"O Dia Mundial da População chama a atenção
da opinião pública para a importância que se deve dar
à evolução do tamanho da população mundial
e de cada país, de sua estrutura por idade, raça, gênero
etc.
A população é agente e objeto de toda e qualquer política
pública. Uma visão realista da crítica demográfica
do país é imprescindível para os jovens de hoje, pois
oferecerá a eles elementos preciosos para que possam formar convicções,
exercer opções e definir trajetórias de vida para as
próximas décadas."
José Alberto Magno de Carvalho
Diretor do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional - CEDEPLAR
"Há dez anos, as Nações Unidas instituíram
o 11 de julho como o Dia Mundial da População, uma vez que fora
neste dia, em 1987, que a população mundial atingira 5 bilhões
de pessoas. A ideia era chamar a atenção do mundo sobre
a urgência e importância das questões populacionais e a
necessidade de se buscar soluções para as mesmas.
O Planeta Terra conta hoje com aproximadamente 1,1 bilhão de jovens
de 15 a 24 anos. Este contingente de pessoas, o maior que o mundo já
teve, está se fazendo ouvir e sendo reconhecido como fonte de oportunidades
e sujeito a diversos tipos de ameaças.
Muitos desses jovens estão desinformados, não possuem bom nível
de instrução e não recebem atenção adequada
do setor saúde, especialmente no que se refere à saúde
reprodutiva e sexual.
Desta situação resultam riscos desproporcionais de contrair
doenças sexualmente transmissíveis e HIV/Aids, de gravidezes
precoces e indesejadas, e de violências e abusos sexuais.
A 21ª sessão especial da Assembléia Geral da ONU, realizada
em Nova Iorque de 30 de junho a 2 de julho de 1999, reafirmou que os governos
devem considerar as necessidades dos jovens, dando prioridades a programas
de educação, oportunidades de geração de renda,
treinamento vocacional e atendimento de saúde, em especial sexual e
reprodutiva.
Reafirmou também que as políticas referentes aos jovens devem
envolvê-los de maneira ativa no delineamento, implementação
e avaliação de tais programas."
Elza Berquó
Demógrafa e Presidente da Comissão Nacional de População
e Desenvolvimento - CNPD.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
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