quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Acadêmica da UCS elabora trabalho sobre a cidade de Camaquã/RS

Belíssimo trabalho elaborado pela Acadêmica de Jornalismo da UCS (Universidade de Caxias do Sul), Karina Catuzzo Rodrigues retratando a nossa querida Camaquã.


Pátio interno do Forte Zeca Netto - Fonte: Wikipédia
Camaquã, localizada na região Centro-Sul do estado do Rio Grande do Sul, às margens do rio Camaquã, a Capital Nacional do Arroz Parboilizado, como é chamada, já era conhecida desde os tempos coloniais de 1714. Com uma área de 1683.20 km, o município possui 60.368 habitantes, sendo 47.059 na zona urbana e 13.309 na zona rural, onde encontram-se sete distritos.

Dentre os diversos significados dados ao nome do município, o mais adequado segundo o autor Antonio Cândido Silveira Pires é o de rio correntoso ou rio forte. Camaquã vem de Icabaquã e na língua tupi-guarani, onde "I" significa rio, água e "Cabaquã" quer dizer velocidade, correnteza. O Rio Camaquã cruza a região, sendo a origem do nome do município.

A história inicia-se por volta de 1763, quando diversos casais açorianos foram descendendo para o Sul, localizando-se na margem esquerda do Estuário Guaíba e da margem direita da Lagoa dos Patos, fundando fazendas e charqueadas até o Rio Camaquã. O povoamento da região foi despertado pelo interesse religioso e pecuário. A população cresceu com a vinda dos imigrantes: portugueses, franceses, poloneses, alemães, espanhóis, negros e com os já donos desta terra os irmãos indígenas.

Em 9 de dezembro de 1815 foi concedida a licença para a criação da capela. Esta é a primeira data oficial consolidando a criação de uma comunidade. É, portanto, seu fundador, segundo pesquisas do historiador Luis Alberto Cibilis, o Capitão Joaquim Gonçalves da Silva, doador do primeiro terreno para construção da Capela e o requerente da provisão que a criou. Embora haja uma corrente que atribua a filha do Capitão Joaquim, que doou o terreno onde ainda encontra-se a Igreja e dos terrenos ao redor desta (a primeira capela não serviria para sede do município por ser desprovida de recursos hídricos), como a real fundadora da cidade, haja vista que foi o local definitivo de sua instalação.

 Em 19 de abril de 1864, a Lei Municipal nº 569 cria o município de São João Batista de Camaquã.

Camaquã possui também a riqueza de fatos históricos decorrentes do período da Revolução Farroupilha (1835-1845). Como destaque os heróis como o general Bento Gonçalves, o general Antônio de Souza Netto, proclamador da República Rio-Grandense, André Pacheco e o Revolucionário Italiano Giuseppe Garibaldi com sua fiel e brava companheira Anita Garibaldi. É também a terra natal de José Antônio Netto, conhecido como General Zeca Netto, um líder maragato da Revolução de 1923.

Com uma economia baseada na produção agropecuária, Camaquã tem na orizicultura sua principal fonte de renda. O fumo, a soja e o milho são outras importantes culturas. A indústria com destaque para o beneficiamento de arroz, o comércio atuante e diversificado, o extrativismo em pequena proporção, a prestação de serviços, e o turismo que começa a desenvolver-se, colocam Camaquã em 36° lugar no ranking estadual.

Dentre os pontos turísticos encontra-se: a Barragem do Arroio Duro, a Casa do Artesão, a Casa do Poeta Camaquense, o Cine Teatro Coliseu, o Forte Zeca Netto, a Igreja Matriz São João Batista, o Museu Municipal Divino Alziro Beckel, as Praças da Cruz, Donário Lopes, Sylvio Luiz, Zeca Netto, a Prainha e o Sitio Água Grande.

Camaquã merece aplausos por ser uma cidade de povo rico de alegria, hospitalidade e bravura, e por ter uma cultura tão vasta, aonde cada ponto representa um pedacinho da história, dando aquela imensa vontade de estar lá, ou pra quem não conhece, de conhecê-la.

 Parabéns Karina Catuzzo Rodrigues pelo ótimo trabalho!

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