Hoje (03 de maio) é Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.
Anos de truculência, silêncio e repressão. A imprensa enfrentou-os com bravura,
mesmo tendo que afrontar todo um sistema pré-estabelecido de poder. Os anos
da ditadura militar na América Latina serviram para fortalecer o ideal de
liberdade e democracia pregado pela grande máquina da informação.
Os governantes sabem que conhecimento é poder. Isso justifica as ressalvas
em relação à imprensa: ela representa a busca pela verdade e fornece à opinião
pública os subterfúgios necessários para que esta possa se defender e exigir
seus direitos junto àqueles que elegeu.
No Brasil, cientes do "perigo" que uma informação-chave representa ao ser
divulgada, os legisladores estabeleceram a censura prévia. Todo e qualquer
tipo de notícia deveria passar pelo crivo de censores, sendo barrada quando
detectada alguma hostilidade ao governo. Durante os "anos de chumbo", chegou-se
a criar um Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) para executar essa
tarefa.
Atualmente, é importante que este dia nos lembre que, apesar dos pesares,
os meios de comunicação têm o direito e o dever de manter-nos informados.
A custo da vida de muitos "desertores", podemos ter a certeza de que uma imprensa
séria e investigativa depende dos próprios veículos de informação, já que,
ao menos na teoria, a lei os ampara incondicionalmente.
A Liberdade de Imprensa é o direito dos profissionais da
mídia de fazer circular livremente as informações. É um pressuposto para a
democracia. O contrário dela é a censura, própria dos governos ditatoriais,
mas que, às vezes, acaba ressurgindo, mesmo nos governos ditos democráticos.
O dia da Liberdade de Imprensa é comemorado pelos profissionais
que com ela trabalham na forma de protestos e do próprio exercício de suas
atividades. Em recompensa a isso, existem diversos prêmios que prestigiam
trabalhos de imprensa em situações nem sempre favoráveis à liberdade, como
a cobertura de países em guerra.
Entretanto, ser livre não quer dizer desrespeito a liberdade de cada um.
Por isso, a imprensa além da liberdade, precisa de ética para evitar que fatos
sejam divulgados sem a devida apuração, podendo prejudicar imagens - sejam
de pessoas ou de instituições - que jamais serão moralmente reconstruídas.
A força de uma divulgação errada é bem maior do que de um direito de resposta.
UFGNet
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