"Nós assumimos as consequências", diz presidente do Cpers sobre corte do ponto
Categoria acredita que após a greve haverá acordo para abono das faltas
Fonte: Zero Hora - Foto: Ricardo Duarte
A sinalização do governo do Estado de cortar o ponto dos professores grevistas não interfere nos planos do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato). A categoria decidiu, na tarde desta sexta-feira, paralisar as atividades por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira. A orientação do sindicato é para que os pais não levem os alunos para as escolas.
— Quando decretamos a greve, nós assumimos as consequências da greve. Então é natural o governo cortar o ponto. O que nós acreditamos é que depois da greve a negociação resultará em um acordo para o abono das faltas e recuperação dos dias parados — explicou a presidente do Cpers/Sindicato, Rejane Oliveira.
Rejane contestou a manifestação do secretário da Educação, José Clóvis Azevedo, de que o número de professores na assembleia era pequeno, o que poderia indicar baixa adesão.
— No governo anterior nós fizemos uma assembleia com até menos professores e também deflagramos a greve. Nossa orientação é para que os pais não levem os filhos para as escolas para que eles não fiquem soltos na rua — alertou a presidente do Cpers — É uma greve para defender os interesses dos nossos estudantes e teremos uma grande participação — rebateu Rejane sobre às críticas em relação ao período em que a greve foi adotada.
No entendimento do Sindicato dos Professores, não houve rompimento de acordo com o governo.
— O governo poderia ter apresentado um calendário e não apresentou. Não podemos ficar mais de quatro anos sentados esperando por uma lei que foi aprovada em 2008. A greve pode terminar a qualquer momento, basta o governo resolver o impasse que ele mesmo criou — concluiu Rejane.
Veja os pontos de divergência entre o Cpers e o governo do Estado:
— Quando decretamos a greve, nós assumimos as consequências da greve. Então é natural o governo cortar o ponto. O que nós acreditamos é que depois da greve a negociação resultará em um acordo para o abono das faltas e recuperação dos dias parados — explicou a presidente do Cpers/Sindicato, Rejane Oliveira.
Rejane contestou a manifestação do secretário da Educação, José Clóvis Azevedo, de que o número de professores na assembleia era pequeno, o que poderia indicar baixa adesão.
— No governo anterior nós fizemos uma assembleia com até menos professores e também deflagramos a greve. Nossa orientação é para que os pais não levem os filhos para as escolas para que eles não fiquem soltos na rua — alertou a presidente do Cpers — É uma greve para defender os interesses dos nossos estudantes e teremos uma grande participação — rebateu Rejane sobre às críticas em relação ao período em que a greve foi adotada.
No entendimento do Sindicato dos Professores, não houve rompimento de acordo com o governo.
— O governo poderia ter apresentado um calendário e não apresentou. Não podemos ficar mais de quatro anos sentados esperando por uma lei que foi aprovada em 2008. A greve pode terminar a qualquer momento, basta o governo resolver o impasse que ele mesmo criou — concluiu Rejane.
Veja os pontos de divergência entre o Cpers e o governo do Estado:
O que pede o Cpers | O que diz a secretaria de Educação | |
PISO SALARIAL | ||
Pagamento imediato do piso nacional, de R$ 1.187 para 40 horas. O Cpers argumenta que, mesmo tendo assinado a lei juntamente com outros ministros à época, como governador Tarso Genro não a colocou em prática. | Sustenta que Tarso assinou documento durante a campanha no qual se comprometia a criar condições, ao longo de seu governo, para cumprir o piso. Informa que não há qualquer possibilidade financeira de pagar imediatamente o piso | |
SISTEMA DE AVALIAÇÃO | ||
Não concorda com o sistema destinado a avaliar a eficiência do ensino por meio de uma série de indicadores que incluem condições de trabalho, frequência e abandono dos alunos, por considerar que responsabiliza os professores por dificuldades estruturais. | Não pretende retirar a proposta da pauta e considera que o Cpers adota uma posição "simplista de quem não quer aprofundar a proposta". O secretário afirma que a própria secretaria será alvo de avaliação por parte da comunidade escolar no sistema previsto | |
REFORMA DO ENSINO MÉDIO | ||
Não concorda com as mudanças destinadas a aproximar o Ensino Médio do mercado de trabalho. Elas preveem, entre outras novidades, a inclusão de disciplinas diversificadas em áreas de interesse de cada escola e a realização de "estágios" dos alunos em ambientes profissionais | É uma das principais bandeiras da SEC, incomodada com os índices de repetência e abandono do Ensino Médio — de 40%. Argumenta que, hoje, o modelo desse nível de ensino está "completamente falido" e nem prepara para o vestibular, nem garante profissionalização. |
Tem que pagar bem o professor sim. Isso não se discute. Mas sinceramente não intendo o motivo destes não concordarem com a reforma do ensino médio. Vamo falar francamente! O ensino médio, no modelo atual, não serve para NADA. Não prepara para a vida profissional nem para o vestibular. Alguém acredita que prepara REALMENTE para o vestibular? Na minha opinião não. Estou cursando o 3º semestre na faculdade sem ter feito o ensino médio. Meu primo está no terceiro semestre também sem ter feito ensino médio regular e o fundamental concluiu pelo EJA. Será que este modelo atual de ensino é tão bom assim? Temos que rever a qualidade do ensino no estado. Uma formar é pagando BEM os professores e as outras é pondo em prática o novo sistema de avaliação e a reforma no ensino médio. Entrar em greve no fim do ano letivo não resolve os problemas do ensino no Rio Grande do Sul.
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