Devido à grande procura para tratamento da gagueira na lista de espera para o serviço de Fonoaudiologia do Centro de Atendimento Integral à Criança e ao Adolescente (CAICA) surgiu a ideia da criação de um Grupo de Gagueira Infantil que veio para atender e beneficiar essas crianças e adolescentes da nossa sociedade.
O grupo visa atender os pacientes e suas famílias. Que necessitam de muitas orientações para aprender a lidar com a gagueira e ajudar muito aquele que gagueja a superar esse problema.
O que é a gagueira?
A gagueira é normalmente considerada um distúrbio que não faz parte do desenvolvimento normal da linguagem, é um distúrbio na fluência da fala. A gagueira é, na verdade, uma condição extremamente complexa que envolve mais do que a repetição das palavras, prolongamento das sílabas e outras "disfunções" da fala.
A gagueira afeta a pessoa como um todo e é mais adequadamente descrita como uma combinação de disfunções de fala, comunicação e comportamento, diz a Fonoaudióloga Juliana Peter Oliveira, organizadora do projeto.
A maioria das crianças na fase de aquisição da fala e aumento de vocabulário, apresenta períodos de disfluência, mas isso é superado com o tempo em aproximadamente 75% dos casos. Nos 25% restante, a gagueira se mantém ou agrava.
a disfluência considerada normal se dá dos 2 aos 6 anos de idade, quando a criança apresenta dificuldade na emissão das palavras com sons mais difíceis, podendo hesitar, repetir sílabas ou palavras. São situações que ocorrem, mas que com o tempo desaparecem.
A etiologia da gagueira ainda é desconhecida, porém há maior incidência em crianças do sexo masculino; quando há existência de outros familiares com gagueira e devido a complicações durante o parto (prematuridade, baixo peso ao nascer, entre outros).
Para se fechar o diagnóstico de gagueira deve-se considerar alguns fatores, o principal deles é analisar na fala da criança a quantidade de disfluências como: bloqueios ao iniciar palavras e frases, repetições, prolongamentos, esforço e tensão ao falar, associação de movimentos faciais ou corporais, se esses ultrapassarem 10% da fala, deve-se ficar em alerta. Além dos demais fatores associados, como alguns gagos exibem sentimentos e percepções negativos sobre a sua gagueira e sobre si próprios:
· Vergonha: sentem vergonha da gagueira e fazem todos os esforços para ocultá-la.
· Culpa: sentem culpa por não conseguirem obter aquilo que poderiam obter facilmente se falassem com fluência.
· Frustração: sentem-se frustrados pela sua incapacidade em comunicar eficazmente com as outras pessoas.
· Baixa autoestima: a gagueira às vezes causa um sentimento de impotência.
· Culpa: sentem culpa por não conseguirem obter aquilo que poderiam obter facilmente se falassem com fluência.
· Frustração: sentem-se frustrados pela sua incapacidade em comunicar eficazmente com as outras pessoas.
· Baixa autoestima: a gagueira às vezes causa um sentimento de impotência.
A terapia fonoaudiológica para gagueira visa promover uma diminuição significativa da gagueira. Mas depende de uma série de fatores, tais como: intensidade da gagueira, presença de outros distúrbios de fluência e/ou de linguagem, presença de outros distúrbios neurológicos ou psiquiátricos, idade do paciente, aderência do paciente ao tratamento. Em média, os tratamentos duram de seis meses (casos mais leves) até dois anos (casos mais graves).
O Grupo de Gagueira iniciará no mês de fevereiro e será coordenado pela Fonoaudióloga Juliana Peter, onde atenderá crianças e adolescente na faixa etária entre 8 e 14 anos. Serão realizados encontros semanais, toda segunda-feira das 10h30min às 12h no CAICA.
Os interessados deverão procurar o Centro de Atendimento, localizado na rua Duque de Caxias, 180 (ao lado do Cine Coliseu), das 8h às 12h e das 13h30min às 17h30min. Maiores informações também pelo telefone (51) 3671 9770.
Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Camaquã
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