Nome histórico do rádio gaúcho faleceu nesta terça-feira, aos 70 anos
Morreu nesta terça-feira, às 18h, aos 70 anos, o radialista João Baptista Mendes Sayão Lobato. Sayão Lobato, como era conhecido, estava internado no Hospital Santa Rita da Santa Casa, em Porto Alegre e lutava contra um câncer nos pulmões havia cerca de nove meses.
Natural de Camaquã, morava atualmente em Porto Alegre e tinha um haras em Barra do Ribeiro. Estava aposentado há cerca de doze anos e fazia participações eventuais em programas de rádio.
Sayão fez muito sucesso à frente do programa Não Diga Não, no qual dava prêmios a quem conseguisse falar com ele durante dois minutos, respondendo suas perguntas, sem falar a palavra não. O comunicador ficou famoso pelo bordão "Não diga não".
João Baptista Mendes Sayão Lobato nasceu em 24 de junho de 1941, em Camaquã, Rio Grande do Sul. A brincadeira favorita, quando criança, sempre foi o rádio, fazia de conta que estava narrando turfe e futebol. A família de Sayão Lobato era rica, tanto que o primeiro automóvel de Camaquã pertenceu a seu avô. Mas depois que perdeu seus familiares, ainda pequeno, Sayão conheceu um outro lado da vida. Com apenas sete anos era o único sobrevivente de uma família de quatro irmãos, pai e mãe.
Sua avó foi quem o criou, mas para isso precisou trabalhar como doméstica. Sayão também precisava ajudar no orçamento dos dois. Trabalhou como engraxate, jornaleiro, chefe da torcida do Internacional e animava programas nas rádios Porto Alegre (1965) e Real de Canoas (1966) e cavalariço no Jóquei Clube de Canoas. Lá, cuidava dos cavalos de Vergara Marques que também era chefe da equipe do turfe na rádio Itaí, que a carreira de radialista de Sayão começou.
Certa vez, Jorge Rosa, locutor da apregoação do turfe na rádio Itaí não foi trabalhar no Prado e Sayão se ofereceu para cobrir o horário. Vergara Marques não queria permitir, mas depois de ouvir a gravação experimental que Sayão Lobato fez, resolveu dar um voto de confiança a ele. A receptividade foi tão boa que Sayão permaneceu nas transmissões do turfe da Itaí por anos.
Tudo que Sayão Lobato conquistou não foi entregue a ele de “mãos beijadas”, ele precisou ter humildade e correr atrás do que queria. Foi assim que Sayão conseguiu entrar num dos programas mais famosos do rádio gaúcho: Itaí Dona da Noite, que ia ao ar durante a madrugada. A oportunidade surgiu com a ausência de Ari Siqueira Machado, apresentador do programa, e Sayão se dispôs a ficar no lugar de Machado. Após essa substituição, permaneceu como titular.
Sayão fez escola e inventou programas que obtiveram tanto sucesso, que até hoje são copiados por outros apresentadores de rádio e televisão. Um deles era o de sair nas ruas e solicitar que as pessoas pedissem a música que gostariam de ouvir. Em 1969, a Seleção Brasileira participou da inauguração do Estádio Beira-Rio. Sayão conseguiu furar o bloqueio da segurança, pois a delegação negava-se a falar com a imprensa. Ele gravou o pedido de cada jogador, inclusive Pelé.
Tudo que Sayão Lobato conquistou não foi entregue a ele de “mãos beijadas”, ele precisou ter humildade e correr atrás do que queria. Foi assim que Sayão conseguiu entrar num dos programas mais famosos do rádio gaúcho: Itaí Dona da Noite, que ia ao ar durante a madrugada. A oportunidade surgiu com a ausência de Ari Siqueira Machado, apresentador do programa, e Sayão se dispôs a ficar no lugar de Machado. Após essa substituição, permaneceu como titular.
Sayão fez escola e inventou programas que obtiveram tanto sucesso, que até hoje são copiados por outros apresentadores de rádio e televisão. Um deles era o de sair nas ruas e solicitar que as pessoas pedissem a música que gostariam de ouvir. Em 1969, a Seleção Brasileira participou da inauguração do Estádio Beira-Rio. Sayão conseguiu furar o bloqueio da segurança, pois a delegação negava-se a falar com a imprensa. Ele gravou o pedido de cada jogador, inclusive Pelé.
Outro programa de muita audiência era o “Não Diga Não”, onde Sayão dava prêmios a quem conseguisse falar com ele durante dois minutos, respondendo suas perguntas, sem falar a palavra “não”. O “Troca-Troca” também faz parte da lista das brincadeiras inventadas pelo radialista, que vendava os olhos do participante e perguntava se ele trocaria o prêmio que tinha em mãos por um outro, muitas vezes pior, como uma caneta usada, por exemplo.
Magrinho Elétrico era o apelido de Sayão no rádio, porque ele estava sempre muito agitado e fazendo algo diferente, criando novas modalidades de programas. Comandava o Carnaval de clubes e de rua, fazia circo, programa de auditório, shows em clubes, animava bailes. Trabalhou nas rádios: Difusora, Caiçara e Farroupilha, e durante dois anos na extinta TV Piratini. Seus shows e programas tinham sempre o estilo despojado e divertido de Sayão que transformava simples brincadeiras em grande espetáculo popular. Uma de suas últimas atividades em rádio, foi na rádio 1120, no começo da década de 90.
Magrinho Elétrico era o apelido de Sayão no rádio, porque ele estava sempre muito agitado e fazendo algo diferente, criando novas modalidades de programas. Comandava o Carnaval de clubes e de rua, fazia circo, programa de auditório, shows em clubes, animava bailes. Trabalhou nas rádios: Difusora, Caiçara e Farroupilha, e durante dois anos na extinta TV Piratini. Seus shows e programas tinham sempre o estilo despojado e divertido de Sayão que transformava simples brincadeiras em grande espetáculo popular. Uma de suas últimas atividades em rádio, foi na rádio 1120, no começo da década de 90.
Fonte: Blog do Claudério Augusto
Nenhum comentário:
Postar um comentário