Hoje (05 de março) é Dia do Filatelista Brasileiro.
O trabalho dos filatelistas – como são chamados
os colecionadores de selos – não se resume a
recolher selos e guardá-los. Trata-se também de organizá-los,
separando-os de acordo com país, época, tema, variedade ou algum
outro critério.
E tem mais: nem só de selos vive o filatelista. Há também
carimbos, franquias mecânicas, folhas comemorativas e blocos, por exemplo.
A Filatelia é um passatempo que mobiliza milhares de pessoas no Brasil.
Estes colecionadores, ao reunirem os vestígios do dia-a-dia postal,
recolhem também um pouco de história, contribuindo assim para
a preservação da memória cultural de um país ou
época. O hobby é tão valorizado que, em alguns países
da Europa, a Filatelia chega a ser matéria obrigatória no currículo
de escolas.
Correio na antiguidade
A criatividade dos povos antigos permitiu que as mensagens chegassem ao destinatário
das mais variadas formas. Até que se inventassem o selo e o sistema
de correio tal como hoje o conhecemos, muita oisa aconteceu.
Para envio de mensagens através de pontos distantes do país,
os egípcios usavam pranchetas de barro com hieróglifos em baixo
relevo.
Os persas utilizavam mensageiros a cavalo. Fenícios e cretenses davam
seu recado por meio de pombos e andorinhas – um protótipo de
serviço de correspondência aérea. O sistema regular de
correio, entretanto, surgiu apenas na China, em 4.000 a.C
O primeiro selo
O selo nasceu na Inglaterra, em 1840, a partir da necessidade de se estabelecer
um padrão de tarifas postais para toda a nação. Antes
de existir, o destinatário arcava com as despesas de correspondência.
Com os selos, foi possível uniformizar as taxas de todas as regiões
de uma nação e, posteriormente, implantar um sistema postal
de âmbito internacional.
A idéia de criação do selo era parte de um projeto de
reforma do sistema postal inglês, concebido por Rowland Hill, que foi
também o responsável pelo esboço do primeiro exemplar,
com a estampa do perfil da Rainha Vitória. Os primeiros selos foram
colocados à venda ainda em 1840 e eram conhecidos como Penny Black,
uma alusão a seu preço, um penny, e a sua cor, preta.
A Filatelia no Brasil
Seguindo o exemplo da Inglaterra, o segundo selo foi lançado em Zurique,
em 1943. Em agosto do mesmo ano, o Brasil emite o terceiro selo do mundo,
o “Olho de Boi”, que é hoje uma raridade e vale de 100
a 4 milhões de francos (cerca de 660 mil dólares), dependendo
da peça.
A Filatelia no País prosseguiu com a criação dos selos
“Inclinados”, em 1844, “Olhos de cabra”, em 1850 e
“Olhos de gato”, em 1854. Outros destaques que um bom filatelista
apreciaria são os primeiros selos comemorativos, celebrando o 4.º
Centenário do Descobrimento do Brasil, em 1900; os selos alusivos ao
3.º Congresso Pan-Americano, em 1906; o primeiro carimbo comemorativo,
em 1904, relativo aos 50 anos de emancipação política
do Paraná.
Sucederam-se muitas mudanças no sistema postal brasileiro. Os selos
contribuíram para registrar estes acontecimentos, como foi o caso da
criação do serviço postal aéreo, em 1920, com
selos exclusivos no período de 1927 a 1934.
A impressão dos selos melhorou a partir de 1968. O ano seguinte também
foi importante, quando a então recém-criada Empresa Brasileira
de Correios e Telégrafos (ECT) serviu de trampolim para a melhoria
da qualidade das emissões comemorativas, o que rendeu aos selos brasileiros
vários destaques e prêmios internacionais
Selo com defeito vale mais
Muitas vezes, um defeito de fabricação, algumas manchas e outras
pequenas imperfeições podem dar um toque especial ao selo, valorizando-o
ainda mais.
Um dos “defeitos especiais” clássicos e bastante
apreciados é o papel marmorizado, que recebe este nome quando apresenta
pequenos veios, semelhantes à textura do mármore.
Quase imperceptíveis (só são vistos contra a luz ou
apenas com ajuda de benzina), estes veios nada mais são do que falhas
na fabricação do papel.
Ninguém adivinharia que o mau
preparo do caulim e da caseína, que fazem parte da produção
deste tipo de papel, aumentariam tanto o valor real de um selo
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
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