segunda-feira, 5 de março de 2012

Datas Comemorativas

Hoje (05 de março) é Dia do Filatelista Brasileiro.

Filatelismo, Filatelista
O trabalho dos filatelistas – como são chamados os colecionadores de selos – não se resume a recolher selos e guardá-los. Trata-se também de organizá-los, separando-os de acordo com país, época, tema, variedade ou algum outro critério. 

E tem mais: nem só de selos vive o filatelista. Há também carimbos, franquias mecânicas, folhas comemorativas e blocos, por exemplo.

A Filatelia é um passatempo que mobiliza milhares de pessoas no Brasil. Estes colecionadores, ao reunirem os vestígios do dia-a-dia postal, recolhem também um pouco de história, contribuindo assim para a preservação da memória cultural de um país ou época. O hobby é tão valorizado que, em alguns países da Europa, a Filatelia chega a ser matéria obrigatória no currículo de escolas.

 

Correio na antiguidade

A criatividade dos povos antigos permitiu que as mensagens chegassem ao destinatário das mais variadas formas. Até que se inventassem o selo e o sistema de correio tal como hoje o conhecemos, muita oisa aconteceu. 

Para envio de mensagens através de pontos distantes do país, os egípcios usavam pranchetas de barro com hieróglifos em baixo relevo. 

Os persas utilizavam mensageiros a cavalo. Fenícios e cretenses davam seu recado por meio de pombos e andorinhas – um protótipo de serviço de correspondência aérea. O sistema regular de correio, entretanto, surgiu apenas na China, em 4.000 a.C

 

 O primeiro selo

O selo nasceu na Inglaterra, em 1840, a partir da necessidade de se estabelecer um padrão de tarifas postais para toda a nação. Antes de existir, o destinatário arcava com as despesas de correspondência. Com os selos, foi possível uniformizar as taxas de todas as regiões de uma nação e, posteriormente, implantar um sistema postal de âmbito internacional. 

A idéia de criação do selo era parte de um projeto de reforma do sistema postal inglês, concebido por Rowland Hill, que foi também o responsável pelo esboço do primeiro exemplar, com a estampa do perfil da Rainha Vitória. Os primeiros selos foram colocados à venda ainda em 1840 e eram conhecidos como Penny Black, uma alusão a seu preço, um penny, e a sua cor, preta.

 

A Filatelia no Brasil

Seguindo o exemplo da Inglaterra, o segundo selo foi lançado em Zurique, em 1943. Em agosto do mesmo ano, o Brasil emite o terceiro selo do mundo, o “Olho de Boi”, que é hoje uma raridade e vale de 100 a 4 milhões de francos (cerca de 660 mil dólares), dependendo da peça. 

A Filatelia no País prosseguiu com a criação dos selos “Inclinados”, em 1844, “Olhos de cabra”, em 1850 e “Olhos de gato”, em 1854. Outros destaques que um bom filatelista apreciaria são os primeiros selos comemorativos, celebrando o 4.º Centenário do Descobrimento do Brasil, em 1900; os selos alusivos ao 3.º Congresso Pan-Americano, em 1906; o primeiro carimbo comemorativo, em 1904, relativo aos 50 anos de emancipação política do Paraná. 

Sucederam-se muitas mudanças no sistema postal brasileiro. Os selos contribuíram para registrar estes acontecimentos, como foi o caso da criação do serviço postal aéreo, em 1920, com selos exclusivos no período de 1927 a 1934. 

A impressão dos selos melhorou a partir de 1968. O ano seguinte também foi importante, quando a então recém-criada Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) serviu de trampolim para a melhoria da qualidade das emissões comemorativas, o que rendeu aos selos brasileiros vários destaques e prêmios internacionais

 

Selo com defeito vale mais

Muitas vezes, um defeito de fabricação, algumas manchas e outras pequenas imperfeições podem dar um toque especial ao selo, valorizando-o ainda mais. 

Um dos “defeitos especiais” clássicos e bastante apreciados é o papel marmorizado, que recebe este nome quando apresenta pequenos veios, semelhantes à textura do mármore. 

Quase imperceptíveis (só são vistos contra a luz ou apenas com ajuda de benzina), estes veios nada mais são do que falhas na fabricação do papel. 

Ninguém adivinharia que o mau preparo do caulim e da caseína, que fazem parte da produção deste tipo de papel, aumentariam tanto o valor real de um selo


Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

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