Hoje (23 de março) é o Dia Mundial da Meteorologia.
A data de 23 de março foi escolhida como o Dia Mundial do Meteorologista por ser a data de fundação
da Organização Mundial de Meteorologia (WMO) da ONU, em 23 de
março de 1950.
A Organização, que tem sede em Genebra,
na Suíça, trabalha como facilitadora mundial, estabelecendo
por exemplo as bases das contribuições da Meteorologia para a conservação dos recursos hídricos do
planeta, para a identificação das causas e para o combate à
desertificação, nas causas das mudanças climáticas,
no manejo das reservas hídricas das megacidades e regiões agrícolas,
alguns dos principais problemas que estão afetando a vida do planeta.
O tema escolhido pela WMO em 2003 para comemorar a data foi "Nosso clima
futuro" (Our future climate).
O que é Meteorologia?
Em todas as atividades que fazem parte do nosso cotidiano existe a influência
das condições do tempo. É só pensar nas nossas
viagens (terrestres, aéreas e marítimas), no plantio e na colheita,
em todas as nossas atividades ao ar livre. Nesses momentos, a gente nem lembra
que existe um monte de técnicos altamente especializados, observadores
e cientistas que, apoiados pela moderna tecnologia, trabalham dia e noite
para pesquisar e prever as condições do tempo que vamos enfrentar.
E que este serviço muitas vezes tem salvado vidas, quando prevê
por exemplo as nevascas e os tornados.
A meteorologia é o estudo científico da atmosfera
em escala global, dentro de regiões e em localidades específicas,
e a formulação de conclusões que permitem o conhecimento
sobre os fenômenos atmosféricos e as previsões sobre o
tempo.
Como e o que estudam os meteoerologisas
Existe o curso técnico, em nível de 2ºgrau, que forma
esse profissional. O Centro Federal de Educação Tecnológica
Celso Suckow da Fonseca, CEFET, no Rio de Janeiro, tem o curso técnico
público e pioneiro desse tipo no Brasil
O curso técnico ensina todas as matérias de um curso superior
e difere deste apenas no grau de aprofundamento.
O bacharelado em Meteorologia tem quatro anos de duração
e é oferecido pelo Instituto Astronômico e Geofísico da
Universidade de São Paulo, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro,
pela Universidade Federal do Pará, pela Universidade Federal da Paraíba,
pela Universidade Federal de Alagoas e Universidade Federal de Pelotas (RS).
Nos dois primeiros anos se estudam as disciplinas (Física, Cálculo
e Computação). Depois, entram as matérias específicas
de Meteorologia. A profissão é regulamentada
pela Lei Federal nº 6835/80. Os profissionais de nível médio
e superior são filiados ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura
e Agronomia.
Um curso de extensão universitária é dado pelo Laboratório
de Meteorologia da Universidade Federal do Vale do Paraíba,
UNIVAP, em São José dos Campos, São Paulo.
O que faz um profissional de meteorologia
Executa previsões meteorológicas, dirige e orienta projetos
científicos, pesquisa e avalia recursos naturais da atmosfera; dirige
órgãos e serviços públicos e privados de meteorologia;
pesquisa, planeja e dirige a aplicação da Meteorologia
nos diversos campos da sua utilização; julga e decide sobre
tarefas científicas e operacionais de Meteorologia.
É uma recente área interdisciplinar com oportunidades para
profissionais e pesquisadores. No Brasil é uma atividade em desenvolvimento
e oferece possibilidades de emprego em instituições privadas
e governamentais.
A meteorologia tem história
O termo surgiu quando o filósofo grego Aristóteles, em torno
de 340 a.C., à sua maneira filosófica e especulativa, escreveu
um livro sobre filosofia natural denominado Meteorológica, falando
sobre o tempo, o clima, sobre astronomia, geografia e química. Falava
de nuvens, chuva, neve, vento, granizo, trovões e furacões.
Naqueles dias, tudo o que caia do céu e qualquer coisa vista no ar
era chamada de meteoro, daí o nome meteorologia.
As idéias de Aristóteles se mantiveram aceitas por quase dois
mil anos. De fato, o nascimento da meteorologia como uma
ciência natural genuína não aconteceu até a invenção
dos instrumentos meteorológicos (os termômetros, no fim do século
XIV, o barômetro, para medir pressão atmosférica, em 1643,
e o higrômetro, para medidas de umidade, no final do século XVIII).
A invenção do telégrafo, em 1843, permitiu a transmissão
das observações rotineiras do tempo.
Depois, cartas sinóticas simples ("cartas de tempo") foram
traçadas.
Em torno de 1920, os conceitos de massa de ar e frentes foram formulados
na Noruega.
Na década de 40, as observações diárias de temperatura,
umidade e pressão, feitas com radiossondas (balões de ar superior),
deram uma visão tridimensional da atmosfera.
Com os computadores, na década de 50, a Meteorologia
deu outro salto, e passou a resolver equações que descrevem
o comportamento da atmosfera. Em 1960, o Tiros I, o primeiro satélite
meteorológico lançado, colocou a Meteorologia
na era espacial.
Os satélites estão capacitados a suprir os computadores com
uma série de dados sobre todo o globo com previsões cada vez
mais confiáveis
IBGE
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