Campeonato Gaúcho de Futebol 2012.
A Taça Farroupilha já tem cor. E,
como consequência, está definido o adversário do Caxias na decisão do
Campeonato Gaúcho. No Grenal 392 da história, deu vermelho e branco. Em
um Beira-Rio com pouco mais de 22 mil pessoas, o Inter bateu o Grêmio
por 2 a 1 e festejou a conquista do segundo turno do Gauchão.
Mistério e novidade foram as duas palavras que agitaram os momentos prévios à partida. Pelo lado colorado, a presença de Jackson como lateral-direito foi oficializada pelo técnico Dorival Júnior quando todos esperavam por Elton como o substituto de Nei. No Tricolor, Vanderlei Luxemburgo esperou até os últimos instantes para confirmar a entrada de Miralles na vaga de Léo Gago (deixando a equipe com três atacantes, fato novo que o adversário garantia já saber desde o dia anterior), tanto que todos os atletas adentraram junto ao gramado e somente depois da foto oficial é que o argentino se posicionou no campo, com Marquinhos, Vilson e Marcelo Moreno (outros postulantes) indo para o banco de reservas.
No início, o Grêmio até que conseguiu neutralizar os donos da casa, só que não chegou com perigo em momento algum, tanto que não deu um chute a gol ao longo dos primeiros 45 minutos. Quando o Inter conseguiu se impor, já havia obrigado Victor a realizar duas boas defesas em cabeceio de Leandro Damião. Então, só foi preciso esperar Gabriel errar um corte, aos 36 minutos, para que Dátolo acertasse um potente chute rasteiro e abrisse o placar.
Com Marquinhos e Moreno, o lado azul retomou a formação tradicional de meio-campo para a etapa final. Com isso, foi muito mais incisivo e chegou ao empate. Aos dez minutos, Fernando cobrou falta na trave e, no rebote, o zagueiro-artilheiro Werley balançou a rede.
Dominando as ações, o Grêmio perdeu o seu técnico. Em um lance que inclusive já havia sido invalidado, Luxemburgo foi para cima de um gandula que colocou rápido a bola para a cobrança de um escanteio e acabou expulso. A partir disso, coincidência ou não, seu time também não soube manter o controle das ações e, aos 31 minutos, viu o lateral-esquerdo Fabrício completar de cabeça com perfeição um levantamento de Jajá e colocar o Colorado na final.
Mistério e novidade foram as duas palavras que agitaram os momentos prévios à partida. Pelo lado colorado, a presença de Jackson como lateral-direito foi oficializada pelo técnico Dorival Júnior quando todos esperavam por Elton como o substituto de Nei. No Tricolor, Vanderlei Luxemburgo esperou até os últimos instantes para confirmar a entrada de Miralles na vaga de Léo Gago (deixando a equipe com três atacantes, fato novo que o adversário garantia já saber desde o dia anterior), tanto que todos os atletas adentraram junto ao gramado e somente depois da foto oficial é que o argentino se posicionou no campo, com Marquinhos, Vilson e Marcelo Moreno (outros postulantes) indo para o banco de reservas.
No início, o Grêmio até que conseguiu neutralizar os donos da casa, só que não chegou com perigo em momento algum, tanto que não deu um chute a gol ao longo dos primeiros 45 minutos. Quando o Inter conseguiu se impor, já havia obrigado Victor a realizar duas boas defesas em cabeceio de Leandro Damião. Então, só foi preciso esperar Gabriel errar um corte, aos 36 minutos, para que Dátolo acertasse um potente chute rasteiro e abrisse o placar.
Com Marquinhos e Moreno, o lado azul retomou a formação tradicional de meio-campo para a etapa final. Com isso, foi muito mais incisivo e chegou ao empate. Aos dez minutos, Fernando cobrou falta na trave e, no rebote, o zagueiro-artilheiro Werley balançou a rede.
Dominando as ações, o Grêmio perdeu o seu técnico. Em um lance que inclusive já havia sido invalidado, Luxemburgo foi para cima de um gandula que colocou rápido a bola para a cobrança de um escanteio e acabou expulso. A partir disso, coincidência ou não, seu time também não soube manter o controle das ações e, aos 31 minutos, viu o lateral-esquerdo Fabrício completar de cabeça com perfeição um levantamento de Jajá e colocar o Colorado na final.
Internacional 2 x 1 Grêmio | |
Muriel; Jackson, Rodrigo Moledo, Índio e Fabrício; Guiñazu, Sandro Silva, Tinga e Dátolo (Jô); Jajá (Bolatti) e Leandro Damião Técnico: Dorival Júnior. |
|
Victor;
Gabriel, Werley, Gilberto Silva e Pará; Fernando, Souza e Marco
Antonio; Bertoglio (Leandro), Miralles (Marquinhos) e André Lima
(Marcelo Moreno). Técnico: Vanderlei Luxemburgo. |
|
Árbitro: Márcio Chagas da Silva |
Luxemburgo se mete em confusão com gandula
Se
houve algum destaque negativo no Grenal, foi o técnico Vanderlei
Luxemburgo. Além de não cumprir o regulamento da competição e esconder a
escalação até a entrada em campo, ele se envolveu em uma confusão com o
gandula e acabou expulso de campo, deixando o Grêmio – que estava em um
momento melhor que o adversário – sem comando à beira do gramado.
O treinador foi tirar satisfação com o gandula por repor muito rápido a bola em um escanteio. A cobrança acabou em empurra-empurra e confusão. Ele admite que tomou uma decisão equivocada, principalmente porque não notou que o árbitro havia anulado o lance. “Você se envolve no jogo. Foi meu primeiro Grenal. Claro que me sinto culpado. Com a minha experiência, não deveria ter feito isso”, comentou. No entanto, ele criticou a Federação Gaúcha de Futebol por não fiscalizar os gandulas. “O quarto árbitro estava onde? Estava preocupado comigo ou com o Dorival? A federação deveria colocar mais pessoas atrás para proibir essa prática. Fui expulso pelo gandula.”
No entanto, Luxemburgo acredita que o fato não influenciou na derrota. “Não acredito que o time tenha sentido minha ausência. Tomou gol de bola parada e treinamos bastante. Foi um jogo muito igual, e o Inter venceu por méritos.”
O presidente Paulo Odone, ao menos publicamente, não repreendeu o técnico. “Todos estavam alertados sobre os gandulas e acabou sendo preciso uma intervenção do treinador. Mesmo com esse episódio, o Inter mereceu a vitória”, disse. Já o presidente do Inter, Giovanni Luigi, não poupou críticas. “Mostramos que futebol se ganha dentro de campo, não com técnicas ultrapassadas que algumas pessoas e clubes insistem em fazer”, disparou.
O treinador foi tirar satisfação com o gandula por repor muito rápido a bola em um escanteio. A cobrança acabou em empurra-empurra e confusão. Ele admite que tomou uma decisão equivocada, principalmente porque não notou que o árbitro havia anulado o lance. “Você se envolve no jogo. Foi meu primeiro Grenal. Claro que me sinto culpado. Com a minha experiência, não deveria ter feito isso”, comentou. No entanto, ele criticou a Federação Gaúcha de Futebol por não fiscalizar os gandulas. “O quarto árbitro estava onde? Estava preocupado comigo ou com o Dorival? A federação deveria colocar mais pessoas atrás para proibir essa prática. Fui expulso pelo gandula.”
No entanto, Luxemburgo acredita que o fato não influenciou na derrota. “Não acredito que o time tenha sentido minha ausência. Tomou gol de bola parada e treinamos bastante. Foi um jogo muito igual, e o Inter venceu por méritos.”
O presidente Paulo Odone, ao menos publicamente, não repreendeu o técnico. “Todos estavam alertados sobre os gandulas e acabou sendo preciso uma intervenção do treinador. Mesmo com esse episódio, o Inter mereceu a vitória”, disse. Já o presidente do Inter, Giovanni Luigi, não poupou críticas. “Mostramos que futebol se ganha dentro de campo, não com técnicas ultrapassadas que algumas pessoas e clubes insistem em fazer”, disparou.
Dátolo se redime de pênalti perdido
Dátolo,
finalmente, poderá dormir em paz. O jogador, que perdeu um pênalti
diante do Fluminense, foi decisivo na conquista da Taça Farroupilha ao
marcar o primeiro gol do clássico. Ele confessa que se sentiu mal após a
partida da Libertadores, já que era para Nei bater a penalidade máxima.
“Pedi desculpas pelo meu erro, não consegui dormir à noite. Ontem
(sábado) eu sonhei que ganhávamos o clássico e isso aconteceu. Foi muito
bom poder ajudar a equipe”, comentou o meia argentino.
O técnico Dorival Júnior fez um desabafo sobre a pressão que sentiu nos últimos dias e criticou a cultura brasileira de rodízio de treinadores. “Isso é altamente prejudicial e desgastante para todo mundo. Ou a gente modifica essa maneira de analisar nosso trabalho ou não sei onde vamos parar. Cada clube terá três treinadores por ano e os contratos serão semanais”, comentou. “Não só por mim, todos os clubes têm os mesmos problemas. Não é cultura do futebol brasileiro, é uma falta de cultura.”
Sobre a partida, Dorival elogiou a equipe e agora comemora a semana livre para preparar o time para encarar o Caxias pela primeira partida da decisão. “A partir desta semana já estamos nos preparando e tentando chegar à final com o mesmo foco que hoje (domingo) tivemos”, disse. E Dorival lembra: o campeonato não acabou. “Já dissemos aos jogadores o que representou a conquista. O campeonato não acabou. No ano passado eles mesmos foram subestimados e acabaram conquistando o título no Olímpico. Que isso sirva de lição.”
O técnico Dorival Júnior fez um desabafo sobre a pressão que sentiu nos últimos dias e criticou a cultura brasileira de rodízio de treinadores. “Isso é altamente prejudicial e desgastante para todo mundo. Ou a gente modifica essa maneira de analisar nosso trabalho ou não sei onde vamos parar. Cada clube terá três treinadores por ano e os contratos serão semanais”, comentou. “Não só por mim, todos os clubes têm os mesmos problemas. Não é cultura do futebol brasileiro, é uma falta de cultura.”
Sobre a partida, Dorival elogiou a equipe e agora comemora a semana livre para preparar o time para encarar o Caxias pela primeira partida da decisão. “A partir desta semana já estamos nos preparando e tentando chegar à final com o mesmo foco que hoje (domingo) tivemos”, disse. E Dorival lembra: o campeonato não acabou. “Já dissemos aos jogadores o que representou a conquista. O campeonato não acabou. No ano passado eles mesmos foram subestimados e acabaram conquistando o título no Olímpico. Que isso sirva de lição.”
Jornal do Comércio
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