quarta-feira, 8 de maio de 2013

Brigada Militar precisa driblar deficiências para atuação na região sul

(Foto: Moizés Vasconcellos - DP)
Em breve, a Zona Sul passará a contar com mais 90 policiais. Basta o Comando Geral da Brigada Militar (BM) emitir o Boletim de Movimentação de Praças, para os novos soldados - graduados em 19 de maio - estarem aptos a eleger seus destinos por ordem de classificação geral e iniciarem os remanejos. O reforço, entretanto, tende a desaparecer, quando distribuído entre os 27 municípios vinculados ao Comando Regional de Policiamento Ostensivo do Sul (CRPO-Sul). Para acabar com o déficit no efetivo, todavia, outros 700 militares seriam necessários. E a deficiência de pessoal - de 35% - está longe de ser a única que a Corporação tem de driblar no dia a dia.

Os problemas estruturais vão de coletes à prova de balas vencidos ao sistema de rádio facilmente invadido pelos bandidos, que ganham o privilégio de monitorar o passo a passo da BM. A diretoria da Associação de Cabos e Soldados começa a rodar a região para realizar levantamento sobre as principais reivindicações da categoria. E, até o momento, as prioridades deságuam em itens básicos, como o acesso a Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) baratos e elementares, como luvas descartáveis.

"Temos colegas que atuaram no presídio, sem luvas, e contraíram hepatite C", preocupa-se o presidente João Carlos Domingues. Sem falar, claro, em investimentos em coletes e armamento. "Queremos ter um material, no mínimo, igual ao dos delinquentes. Não para matar, mas para proteger a população." E em toda a área de abrangência do CRPO-Sul são mais de 945 mil habitantes. "Sabemos que, individualmente, o policial não fala das deficiências por medo de represália e de transferência. Por isso estamos indo direto às cidades para ouvi-los."

Em tratativas

A direção do Conselho Regional de Desenvolvimento da Região Sul (Corede-Sul) tem audiência, nesta quarta-feira (8), na Secretaria de Segurança Pública, em Porto Alegre, para tratar da liberação de 13 viaturas (dez para a BM e três para a Polícia Civil) previstas no Processo de Participação Popular Cidadã, a Consulta Popular, de 2012 para execução no orçamento estadual de 2013. "Sabemos que o orçamento é uma peça fictícia, mas uma vez votada e aprovada na Consulta Popular, aquela demanda vira compromisso, estabelecido em lei", destaca a vice-presidente do Corede-Sul, Roselani Silva.

Negociações

O encontro desta quarta também deve servir para abrir as negociações de velhas reivindicações, ainda não atendidas. Algumas prestes a completar uma década, como a aquisição de viatura e equipamentos ao 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM), em Pelotas, no valor de R$ 338,1 mil. "Embora exista este passivo, entendemos que a população deve participar deste processo que lhe dá voz e democratiza a elaboração de parte do orçamento", destaca Roselani. (Fonte: Diário Popular).

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