Conheça mais sobre o aterro sanitário de Camaquã, que inclusive tem a palavra de Deus aos trabalhadores no local

O Blog do Juares (BJ) esteve no último sábado (18/01) pela manhã fazendo uma reportagem sobre o chamado aterro sanitário de Camaquã, e também do Grupo "Mais que Vencedores" formado por quatro membros da Comunidade Ágape, que vai a cada 15 dias no aterro sanitário para pregar a palavra de Deus aos trabalhadores e trabalhadoras do local.

O aterro sanitário

O aterro sanitário localizado na estrada do Passo do Capitão Jango, logo depois do Prado, é uma área de propriedade da Prefeitura Municipal de Camaquã, onde o governo municipal fornece todo serviço de logística, equipamentos e operação para as atividades de triagem do lixo recolhido em Camaquã.

A outra parte da engrenagem é a recém-criada Cooperativa de Triagem de Camaquã (Cotrica), a responsável pela mão de obra. A universidade Católica de Pelotas em parceria com a Secretaria Municipal da Infraestrutura presta auxílio de consultoria á cooperativa. 

Atualmente São 28 pessoas entre mulheres e homens (na maioria mulheres) trabalhando na triagem do lixo, com uma média mensal de lucro de 800 reais, oscilando para mais ou para menos de acordo com a produção de cada trabalhador.

São aproximadamente 30 toneladas de lixo por dia que chegam no setor de triagem. 

Veja como funciona:

1. As caçambas e caminhões descarregam o lixo no recebimento de triagem;

2. O lixo passa pela esteira de triagem, ficando um grupo de funcionário de cada lado da esteira separando lixo por tipo (tetrapak, sacolas plásticas, papéis...);

3. Os lixos separados são colocados em "bags" (sacolas grandes) e vão para a prensa;

4. Da prensa saem os fardos, que são comercializados para as usinas de reciclagem;

5. O lixo não aproveitado, o chamado "rejeito" vai para a célula, o aterro sanitário propriamento dito (lixão).  

Rogério Senna Medronha - que gentilmente atendeu e prestou algumas informações à reportagem BJ-, funcionário da prefeitura, é um dos coordenadores do local, juntamente com Clair Jass e Elisângela Boeira, que é a presidente da Cotrica. A sede da cooperativa está atualmente estabelecida no próprio complexo do aterro sanitário.

A palavra de Deus para os trabalhadores

Numa ação plena de fé, irmandade e cristianismo, um quarteto de voluntários da Comunidade Ágape, com sede na Av. Cônego Luiz Walter Hanquet, em Camaquã, formado pela diaconisa Marli, pelo presbítero Elton, pela diaconisa Karine e a pela obreira Tati, denominado "Mais que Vencedores" vai gratuitamente ao aterro sanitário duas vezes por mês, aos sábados durante o horário de intervalo do café da manhã, para levar a palavra de Deus aos trabalhadores e trabalhadoras. 

No dia da reportagem, a palavra do dia foi sobre o perdão e o amor ao próximo, virtudes estas que vão se extinguindo com a soberba e a ganância do ser humano. 

A palavra foi repassada pelos irmãos Elton e Marli aos presentes de forma clara, sucinta e principalmente  fervorosa.

"Depois que comecei a ouvir a palavra de Deus me tornei uma pessoa mais calma e hoje até consigo perdoar, antes até um olhar atravessado para mim era motivo de briga", disse de maneira emocionada uma das participantes.

(Fotos: Juares da Luz/BJ)

IMPORTANTE

É muito importante as pessoas em suas casas se conscientizarem que precisam separar bem o lixo orgânico (restos de vegetais e animais) do lixo seco (jornais, papéis...), pois otimiza muito na hora da triagem.

Exemplo: 

Um jornal ou papel misturado com cascas de banana ou restos de comida se perde quase todo ou todo, indo para o aterro sanitário propriamento dito (lixão), aumentando a quantidade de lixo não aproveitado no lixão e deixando de dar mais lucro para as famílias daquelas pessoas que trabalham ardualmente na triagem.

Rogério Senna, Elisângela Boeira e Marli Flügel