quarta-feira, 14 de agosto de 2013

APAE realiza manifestação em Camaquã contra o fechamento das unidades

Na manhã desta quarta-feira (14/08), a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Camaquã realizou na esquina Esquina Democrática (rua Presidente Vargas com Olavo Moraes), centro da cidade, uma manifestação protestando contra um parecer do MEC, no qual dispõe que as unidades funcionem como centros de atendimento educacional especializado.  

Os alunos continuam nas instituições, mas precisam estar matriculados na escola regular, mesmo que continuem nas APAES.

O movimento reivindicatório com o lema "diga não ao fechamento das APAES" contou com a participação de membros da Diretoria, vereador Diego Garcia, professores, alunos, pais de alunos e apoiadores, onde exibiram cartazes, contando também com serviço de carro de som. (Fotos: Juares da Luz/BJ).

Reportagens realizadas no local pelo Blog do Juares  

"Nós da APAE Camaquã estamos hoje fazendo manifestos para o não fechamento das APAES, e está acontecendo uma mobilização em todo Brasil, principalmente em Brasília para o não fechamento da escola especial, o MEC quer acabar com as escolas especiais que são mantidas pelas APAES, ou seja, que presta o serviço exclusivamente para as pessoas com deficiência intelectual, e quer então, que todos sejam matriculados no ensino regular. Nós da APAE não somos contra a escola regular porque uma escola não exclui a outra, nós queremos sim o nosso espaço na escola especial, por exemplo, a APAE de Camaquã tem em torno de 230 crianças, e para onde iriam todas essas crianças?" Veridiana Padilha, supervisora da APAE Camaquã.

"No Rio Grande do Sul somos 209 APAES que atendem 29.300 pessoas e em nível de Brasil somos 2.094 APAES que atendem em torno de 310.000 pessoas, o fechamento das APAES iria gerar um desconforto geral na população, por isso que somos contra. Nós entendemos, sim que o governo federal quer essa inclusão, mas seria uma exclusão, imaginamos que uma escola regular com 25 alunos, tenha 2 alunos excepcionais, como esses alunos iriam conviver e serem atendidos junto aos demais." Cláudio Cruz, presidente da APAE Camaquã e membro da Diretoria da Federação das APAES do RS.

"Eu acho que as escolas regulares não estão preparadas para receber um cadeirante, um PC (pessoa com paralisia cerebral), eu tenho uma menina que é PC, e acho que a escola regular ainda não está preparado para receber os cadeirantes." Fani, mãe de uma aluna da APAE Camaquã.

"Não precisaria chegar a esse ponto (de manifestações), eu tenho um filho autista, é o Thiago, de 16 anos, ele tem atendimento na APAE, além da sala de aula ele ainda conta com psicóloga, terapeuta, Fonoaudióloga, e será que as escolas regulares têm esse atendimento, eu ainda tenho dúvidas quanto a isso." Zélia, mãe de um aluno da APAE Camaquã.

"Eu acho que não pode fechar a APAE, porque as escolas não têm estrutura ainda pra receber estas pessoas excepcionais, eu tenho um filho PC, ele tem 19 anos, e não caminha, não fala, e ele não consegue expressar certas coisas que na APAE as professoras conseguem entender. São duas professoras para cada turma e as escolas regulares infelizmente não estão preparadas para esse atendimento." Sibelle, mãe de um aluno da APAE Camaquã.


 


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