segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Espaço de Saúde: Depressão

Por Jaqueline da Maia
Psicóloga
 
É mais comum do que se pensa, encontrarmos pessoas adoentadas sem a menor noção sobre o que está acontecendo. Muitas pessoas ainda hoje rotulam: “- Ela está assim porque não tem o que fazer!” ou “ - Tem tudo e ainda se queixa!”, são chavões que ainda somos obrigados a ouvir com muita frequência, em uma sociedade que impõem comportamentos e que cultua a aparência, deixando a essência em segundo plano.

Depressão é doença sim. A pessoa se abandona, passa a achar o mundo que antes tinha um colorido especial ,agora cinza e sem graça; seu ritmo de sono e apetite se altera. Já não liga mais para sua aparência que antes julgava tão importante, chora com facilidade e o desânimo se torna uma companhia inseparável. Pensa ter perdido o sentido da vida; sente culpa e já nem sabe o motivo. O mais interessante que não raro é os grupos conviverem com pessoas que apresentam tais sintomas e isso se passar despercebido, ninguém nota que aquela mulher antes tão exuberante hoje parece um fantasma a se arrastar pelos cantos, ou aquele adolescente antes tão cheio de sonhos e sorrisos, nem sai do quarto, ou aquele homem tão vistoso, mais parece um quadro vivo da derrota e fracasso, e a vida cai na banalidade.

Nossa sociedade nos exige um comprometimento com “as coisas”, e com isso deixamos de perder tempo com “as pessoas”, de poder olhar com calma, notar as pequenas mudanças que traduzem grandes sofrimentos, e cada vez mais nos deparamos com pais e familiares totalmente atônitos quando a situação chega a ponto de precisar de ações mais drásticas e constatar que a doença está instalada.

Convivemos diariamente como o caos da saúde pública, e só acessarmos qualquer meio de comunicação, lá estão em grandes manchetes a situação desumana vivenciada nos corredores de hospitais e emergências, mas isso nos obriga a falar sobre bibliografias que existem, onde grandes mestres defendem uma política de saúde preventiva, uma conscientização em massa dos problemas de saúde que acometem qualquer ser humano e que por meio de um Programa de Prevenção pode se evitar esse vasto conjunto de enfermidades e poupar muitas dores às famílias da nação.

É importante nos posicionar e não perder a confiança em um futuro onde as pessoas possam gozar totalmente de programas que minimizem seus sofrimentos ou diagnostiquem situações de risco e possam assim evitá-las, onde perder tempo com o ser humano seja um prazer, que possamos observar as pessoas que estão em nossa volta, procurar ajuda profissional quando necessário, e exercitar com mais frequência nosso lado humanista tendo a sabedoria de que uma palavra, um elogio, uma aproximação carinhosa e solidária poderá alterar de forma significativa a vida de um ser humano.

Jaqueline da Maia – Psicóloga – CRP 07/19.163

Atende: Clínica, Institucional, Escolar, Palestras, Workshop,Treinamentos.

Telefone para contato: (51) 9624 9444 (Vivo)

Atende: Camaquã e Tapes/RS

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