terça-feira, 3 de abril de 2012

Camaquã Cidade Amiga do Rim

No dia 12 de abril se comemora em Camaquã o Dia da Prevenção da Doença Renal Crônica, data em que foi realizada a primeira sessão de hemodiálise na cidade, no ano de 1990. A Associação dos Transplantados da Região Centro-Sul – ATC, em parceria com a Nefroclínica vem promovendo a data que desde o ano passado, através da Lei Municipal 1605 de 2011, integra o calendário de eventos municipal. “Somente através da conscientização e prevenção será possível melhorar o prognóstico da doença e a expectativa de vida desta população. Participar do Dia da Prevenção da Doença Renal Crônica é promover e oportunizar uma vida mais saudável para toda comunidade camaquense”, afirma Dra Scheila Pretto Almeida Thofehrn Médica Nefrologista Mestre em Nefrologia UFRGS.

A Doença Renal Crônica (DRC) acomete milhares de pessoas e por sua dimensão é considerada um problema de saúde pública mundial e, consequentemente, brasileiro.  Por definição, é portador de Doença Renal Crônica todo o indivíduo que, num período mínimo de três meses, apresentar lesão renal que determine uma filtração sanguínea inferior a 60%.

Os rins são responsáveis por importantes funções no organismo: filtrar as toxinas presentes no sangue, regular a formação do sangue e glóbulos vermelhos, regular a pressão sanguínea, regular a quantidade de água e manter em equilíbrio as substancias minerais como sódio, potássio e fósforo e regular a estruturação óssea.

A Doença Renal Crônica determina uma perda lenta e gradativa da função renal. De acordo com o grau da perda da função renal a enfermidade é classificada em 5 estágios. Nos estágios iniciais, ou seja, nos estágios 1, 2 e 3, a doença é assintomática. No estágio 4, a doença mostra poucos sintomas. No estágio 5, também conhecido de Doença Renal Crônica terminal o indivíduo apresenta: cansaço, fraqueza, inchaço no rosto, nas pernas e abdômen, urina com espuma, ou escura ou com sangue, sede intensa, dificuldade para urinar e inversão do hábito de urinar com diminuição do volume urinário diurno e aumento do volume urinário noturno.

Embora, ainda não existam dados definitivos sobre DRC no Brasil, estima-se que a doença afeta cerca de 10 milhões de brasileiros adultos, 90 mil dos quais apresentam falência funcional renal e estão em tratamento de diálise.

Como a doença em seus estágios iniciais é assintomática as pessoas ficam sabendo que estão com doença renal crônica quando a função de seus rins é de apenas 10%. Neste momento são informadas que necessitam realizar a diálise como única forma de se manterem vivos.   Provavelmente, se essas pessoas tivessem a oportunidade de identificar que eram portadoras de doença renal crônica e que se tivessem acompanhamento pelo médico nefrologista provavelmente teriam a sua doença controlada com medicamentos específicos sem a necessidade da Hemodiálise ou transplante renal. “O diagnóstico precoce da Doença Renal Crônica é a única maneira que temos de controlar a evolução da doença”, comenta Scheila.

O tratamento da DRC no seu estágio mais avançado sempre se caracterizou pela alta complexidade da terapia renal substitutiva que são hemodiálise, diálise peritoneal e o transplante. Além do mais, o custo social que enfermidade impõe é imensurável uma vez que leva por muitas vezes o absenteísmo laboral, desestruturação nos núcleos familiares e a queda da qualidade de vida das pessoas afetadas.

Aqueles que conseguem chegar a realizar a hemodiálise e o transplante renal necessitam de medicamentos especiais, e acompanhamento por outras especialidades médicas como, cardiologia, cardiologia intervencionista, urologia, cirurgia vascular, endocrinologia, pneumologia, psiquiatria, além de acompanhamento nutricional com alimentação especial, e acompanhamento por Assistente social, cuidados de enfermagem, transporte etc.

Identificar na população geral quais as pessoas que tem mais probabilidade de desenvolver a doença e iniciar o tratamento precocemente é um desafio que justifica uma maior atenção para o problema. Algumas pessoas têm mais risco de desenvolver a doença do que outras. As pessoas de risco são diabéticos, hipertensos, portadores de doenças cardiovasculares, história familiar de Doença renal Crônica, idade igual ou maior do que 60 anos, obesidade e uso crônico de medicamentos que danificam os rins.

A fim de prevenir e trabalhar sobre o tema a Nefroclínica vem realizando atividades e participando de eventos como a Abertura da Copa Santa Auta, e promovendo palestras como as realizadas no Centro de Referência em Assistência Social Bom Sucesso

O número de pessoas afetadas pela enfermidade aumenta de forma assustadora, uma vez que a explosão do número de pessoas acometidas por diabetes e hipertensão arterial nas populações e a ausência de sinais e sintomas que dificultam o seu diagnóstico precoce justificam a maior atenção que o problema deve assumir entre a comunidade médica, autoridades governamentais e a população. “A prevenção da Doença Renal Crônica só é possível através do diagnóstico precoce o qual é feito com exame de dosagem da Creatinina e o Exame Qualitativo de Urina”, finaliza.

Blog do Juares com informações da Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Camaquã
Fotos: Divulgação

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