A segunda rodada de negociações da Campanha 2013, que tratou de saúde e condições de trabalho, emprego e igualdade de oportunidades, terminou na sexta-feira (16/08) como começou na quinta: com os bancos rejeitando todas as reivindicações dos bancários apresentadas pelo Comando Nacional.
Para o Comando dos Bancários "como acontece todos os anos, os banqueiros só agem sob pressão. Na próxima semana não haverá negociação. Por isso é importante participação dos bancários no Dia Nacional de Luta no dia 22, com passeatas em todo o país, e da greve geral do dia 30 convocada pelas centrais sindicais".
Os bancos, que na quinta-feira já haviam rejeitado as reivindicações sobre o fim das demissões imotivadas e da rotatividade e sobre o respeito à jornada de 6 horas, na sexta-feira recusaram também as demandas relativas às terceirizações, aos correspondentes bancários, à criação de comissão para acompanhar mudanças tecnológicas e ao projeto dos bancários sobre ampliação do horário de atendimento ao público, além da implementação de medidas práticas para coibir discriminações e promover a igualdade de oportunidades. Veja como foram as negociações de quinta
Basta de terceirização
A reivindicação dos bancários é que os bancos suspendam a implantação de quaisquer projetos de terceirização e recontratem como bancários os terceirizados dos setores de recursos humanos, compensação, tesouraria, caixa rápido, home banking, autoatendimento, teleatendimento, cobrança, cartão de crédito, retaguarda, concessão de crédito e atendimento direto ao cliente com produtos e serviços bancários.
Os bancos rejeitaram a proposta. A Fenaban, ao contrário, quer terceirizar todo o serviço bancário. São os bancos que estão coordenando a bancada empresarial na mesa quadripartite (que inclui ainda trabalhadores, governo e parlamentares) que está discutindo o PL 4330 que regulamenta a terceirização e precariza o trabalho. Se o PL for aprovado, o sistema financeiro estará livre para terceirizar os caixas e gerentes.
Correspondentes bancários
Os representantes patronais também recusaram a demanda para que os bancos universalizem o atendimento bancário para todos os municípios do país, dentro de um processo de inclusão bancária, assegurando indistintamente a prestação de todos os serviços, que devem prestados por bancários em agências e PABs, visando garantir qualidade de atendimento, segurança e proteger o sigilo bancário.
Comissão sobre mudanças tecnológicas
Com o objetivo de impedir demissões, os bancários querem criar comissão bipartite sobre mudanças tecnológicas para debater, acompanhar e apresentar propostas diante de projetos de mudança tecnológica e organizacional das empresas, reestruturação administrativa e introdução de novos equipamentos.
Os negociadores dos bancos recusaram a criação da comissão, alegando que cada instituição tem sua própria política tecnológica, e propuseram a realização de um seminário sobre o tema.
Horário de atendimento ao público e controle de filas
Os bancos recusaram tanto a reivindicação para a criação de dois turnos de trabalho, a fim de viabilizar o cumprimento do horário de atendimento ao público das 9h às 17h - com proibição de abertura das agências aos sábados, domingos, feriados e período noturno - quanto a demanda para que tomem medidas para diminuir o tempo de espera dos clientes e usuários nas filas, inclusive com contratação de pessoal, evitando que o tempo de espera ultrapasse a 15 minutos.
Promoção da igualdade de oportunidades
A reivindicação dos bancários é que os bancos tomem medidas concretas para democratizar o acesso e as promoções nas empresas, garantindo que mulheres, negras, indígenas, homoafetivos e deficientes tenham igualdade de condições de contratação, independente de idade e condições socioeconômica. A ascensão profissional deve ser a partir de critérios objetivos, transparentes e democráticos.
As empresas, além disso, precisam incorporar o respeito à igualdade de tratamento entre mulheres e homens como um valor organizacional, devendo, para tanto, adotar medidas preventivas e planos de ação para a eliminação de quaisquer práticas discriminatórias nos locais de trabalho.
E pela primeira vez, os bancários incluíram na pauta cláusula reivindicando que seja assegurado no quadro de empregados de cada banco o percentual mínimo de 20% de negros e negras.
Os negociadores da Fenaban concordam em geral com os diagnósticos sobre a necessidade de promoção da igualdade de oportunidades, mas argumentam que isso deve acontecer naturalmente e se recusam a adotar medidas objetivas e concretas.
Calendário de luta
Agosto
19 - Segunda rodada de negociação entre Comando e Caixa
22 - Dia Nacional de Luta, Passeatão dos Bancários em Porto Alegre - veja mais aqui
23 - Segunda rodada das negociações específicas do Banco do Brasil
26 e 27 - Terceira rodada de negociações entre Comando e Fenaban
28 - Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização
29 - Terceira rodada de negociação específica entre Comando e BB
30 - Paralisação nacional das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora
Setembro
3 - Previsão de votação do PL 4330 da terceirização na CCJC da Câmara
(Fonte: SindBancários Porto Alegre)
Para o Comando dos Bancários "como acontece todos os anos, os banqueiros só agem sob pressão. Na próxima semana não haverá negociação. Por isso é importante participação dos bancários no Dia Nacional de Luta no dia 22, com passeatas em todo o país, e da greve geral do dia 30 convocada pelas centrais sindicais".
Os bancos, que na quinta-feira já haviam rejeitado as reivindicações sobre o fim das demissões imotivadas e da rotatividade e sobre o respeito à jornada de 6 horas, na sexta-feira recusaram também as demandas relativas às terceirizações, aos correspondentes bancários, à criação de comissão para acompanhar mudanças tecnológicas e ao projeto dos bancários sobre ampliação do horário de atendimento ao público, além da implementação de medidas práticas para coibir discriminações e promover a igualdade de oportunidades. Veja como foram as negociações de quinta
Basta de terceirização
A reivindicação dos bancários é que os bancos suspendam a implantação de quaisquer projetos de terceirização e recontratem como bancários os terceirizados dos setores de recursos humanos, compensação, tesouraria, caixa rápido, home banking, autoatendimento, teleatendimento, cobrança, cartão de crédito, retaguarda, concessão de crédito e atendimento direto ao cliente com produtos e serviços bancários.
Os bancos rejeitaram a proposta. A Fenaban, ao contrário, quer terceirizar todo o serviço bancário. São os bancos que estão coordenando a bancada empresarial na mesa quadripartite (que inclui ainda trabalhadores, governo e parlamentares) que está discutindo o PL 4330 que regulamenta a terceirização e precariza o trabalho. Se o PL for aprovado, o sistema financeiro estará livre para terceirizar os caixas e gerentes.
Correspondentes bancários
Os representantes patronais também recusaram a demanda para que os bancos universalizem o atendimento bancário para todos os municípios do país, dentro de um processo de inclusão bancária, assegurando indistintamente a prestação de todos os serviços, que devem prestados por bancários em agências e PABs, visando garantir qualidade de atendimento, segurança e proteger o sigilo bancário.
Comissão sobre mudanças tecnológicas
Com o objetivo de impedir demissões, os bancários querem criar comissão bipartite sobre mudanças tecnológicas para debater, acompanhar e apresentar propostas diante de projetos de mudança tecnológica e organizacional das empresas, reestruturação administrativa e introdução de novos equipamentos.
Os negociadores dos bancos recusaram a criação da comissão, alegando que cada instituição tem sua própria política tecnológica, e propuseram a realização de um seminário sobre o tema.
Horário de atendimento ao público e controle de filas
Os bancos recusaram tanto a reivindicação para a criação de dois turnos de trabalho, a fim de viabilizar o cumprimento do horário de atendimento ao público das 9h às 17h - com proibição de abertura das agências aos sábados, domingos, feriados e período noturno - quanto a demanda para que tomem medidas para diminuir o tempo de espera dos clientes e usuários nas filas, inclusive com contratação de pessoal, evitando que o tempo de espera ultrapasse a 15 minutos.
Promoção da igualdade de oportunidades
A reivindicação dos bancários é que os bancos tomem medidas concretas para democratizar o acesso e as promoções nas empresas, garantindo que mulheres, negras, indígenas, homoafetivos e deficientes tenham igualdade de condições de contratação, independente de idade e condições socioeconômica. A ascensão profissional deve ser a partir de critérios objetivos, transparentes e democráticos.
As empresas, além disso, precisam incorporar o respeito à igualdade de tratamento entre mulheres e homens como um valor organizacional, devendo, para tanto, adotar medidas preventivas e planos de ação para a eliminação de quaisquer práticas discriminatórias nos locais de trabalho.
E pela primeira vez, os bancários incluíram na pauta cláusula reivindicando que seja assegurado no quadro de empregados de cada banco o percentual mínimo de 20% de negros e negras.
Os negociadores da Fenaban concordam em geral com os diagnósticos sobre a necessidade de promoção da igualdade de oportunidades, mas argumentam que isso deve acontecer naturalmente e se recusam a adotar medidas objetivas e concretas.
Calendário de luta
Agosto
19 - Segunda rodada de negociação entre Comando e Caixa
22 - Dia Nacional de Luta, Passeatão dos Bancários em Porto Alegre - veja mais aqui
23 - Segunda rodada das negociações específicas do Banco do Brasil
26 e 27 - Terceira rodada de negociações entre Comando e Fenaban
28 - Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização
29 - Terceira rodada de negociação específica entre Comando e BB
30 - Paralisação nacional das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora
Setembro
3 - Previsão de votação do PL 4330 da terceirização na CCJC da Câmara
(Fonte: SindBancários Porto Alegre)

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