Uma feira movimentada, apesar de sua duração ter sido abreviada por causa da meteorologia, e repleta de atrações, as quais contemplaram praticamente todos os segmentos da arte, mesmo mantendo o foco principal na literatura. Essas são as marcas predominantes que ficam da 33ª Feira Municipal do Livro, encerrada no último domingo (29/10), na Praça Zeca Netto. Uma prova do quão interessante estava o evento é a quantidade de pessoas que o visitou: pela estimativa da Secretaria Municipal da Cultura e Turismo, órgão organizador, a feira recebeu 15 mil pessoas durante os seus quatro dias de realização. A visitação intensa, entretanto, se deu em três dias, já que na quarta-feira (23/10) e sábado (26/10) a chuva torrencial verificada na região praticamente inviabilizou a presença de público na praça.
“Nós poderíamos estar aqui nos lamentando, pelos dias de chuva, principalmente pelo sábado, dia para o qual tínhamos preparado uma ampla programação, mas prefiro comemorar os dias em que a feira lotou e tudo de bom que aconteceu no nosso evento”, comentou Marla Crespo ao apontar que a intenção original da feira - de ser abrangente e democrática – foi alcançada.
A feira deste ano se desenvolveu em mais dois locais, além da praça: no Cine Teatro Coliseu e no Centro Administrativo. No prédio do CA, por exemplo, aconteceu uma exposição do Museu de Geologia da CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - Serviço Geológico do Brasil). Na mostra, que apresentou dez diferentes tipos de minerais e rochas existentes no Estado, foram distribuídas amostras de coleções de rochas e minerais a professores. Já na programação do Coliseu, houve a apresentação de curtas metragens e debates, além de peças teatrais.
Uma das novidades deste ano na praça foi a Tenda de Conferências, espaço em que foram promovidos debates, palestras, sessões de autógrafos e outras atrações. O projeto “Tecendo Poetas Na Escola”, coordenado pela professora Inês Crespo, por exemplo, teve sua conclusão naTenda. Já o professor Alvaro Santestevan liderou a Oficina Literária “A musicalidade na Poesia”, enquanto, enquanto o historiador Catulo Fernandes palestrou sobre o “Panorama da História da Poesia em Camaquã”. Também no espaço houve o lançamento da segunda edição dos livros “Revolução Farroupilha em Camaquã” e
“Subsídios a História de Camaquã”, assinado por João Máximo Lopes, do Núcleo de Pesquisas Históricas de Camaquã (NPHC).
O escritor Barbosa Lessa mereceu também um capítulo na Feira do Livro, com o seminário sobre sua obra. A homenagem foi dividida em duas partes: uma no Sítio da Água Grande e a outra no Palco principal da feira, com os painelistas Jocelito Zalla e Joana Figueiredo, professores da Ufrgs. A mediação foi de Andréia Becker. Após as palestras, o show “Barbosa Lessa o Compositor”, com Maiquel Filho fechou a noite de sexta-feira.
Foi uma feira de muitos lançamentos também. “Pedacinhos de Vida”, de Hamilton Bitencourt;“Ycabacuá - Revelações para uma Nova Era”, de Erenita Claro Ávila; “Poesia-Reflexão-Emoção-Ação”, de Iara Schmegel Moreira foram alguns deles. Já a paulista Patrícia Lages, convidada pela NTC Livraria, autografou “Bolsa Blindada”. A obra, que tem chamado atenção da mídia nacional, traz dicas sobre economia e finanças pessoais. Além disso, foram também apresentados na feira“Histórias de Gelar o Sangue”, de Antônio Schimeneck; “De Tudo Um Pouco”, de Evandro Gomes e“O Escândalo do Testemunho - História de Vidas no Presídio de Camaquã”, de Juliano Gomes de Carvalho.
Patrono lança obra
Patrono deste ano da feira, Juremir Machado da Silva também lançou obra. “Jango, a Vida e a Morte no exílio” (L&PM, 376p.), traz a visão do jornalista e escritor gaúcho sobre a trajetória de vida do ex-presidente da República (1961-1964). Juremir esteve na quinta-feira, na abertura do evento, e no sábado, quando participou de programas nas rádios locais.
Destaque também para o Coral da Escola Romano São Lucas, para Mário Pirata - Poeta e Brincadeiro, que divertiu o público infantil e para a tertúlia dos 50 anos do CTG Camaquã. Na Praça de alimentação, dentro do Projeto “Santo de Casa faz Cultura”, a música de Daniel e Luis Carlos Evangelista cantaram MP&B e outros gêneros. A feira foi encerrada domingo à tarde, com uma Roda de Samba, da Império Camaquense.
(Fonte: Ass Com Soc Gov Mun)
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